quinta-feira, 14 de agosto de 2008

O que realmente importa...

Talvez você já tenha se feito esta pergunta: “o que realmente importa em sua vida? Quem realmente importa?”. Sei que este parece ser um questionamento muito simples, mas quando mergulhamos profundamente na questão, descobrimos que nem sempre vivemos a partir daquilo que realmente tem importância pra nós!

Somos incitados, quase que hipnotizados, diariamente, a engolir verdades que não são nossas, regras impostas por quem não sabe nada sobre nosso coração, leis inventadas sem levar em conta delicadezas como um coração, uma alma, um sentimento. Apenas determinações na tentativa de nos manipular, de nos julgar, de nos imprimir rótulos que nada dizem sobre nossas dores nem tampouco sobre nossos amores.

E assim vamos nos esquecendo do que realmente importa! Noções sobre “certo” e “errado” ou “bom” e “ruim” ganham cunhos políticos. E daí para a demagogia, a hipocrisia e o ridículo, a distância é praticamente nenhuma! Mas a gente aceita e até se esforça, quase nos sentindo culpados se não o fizermos, para digerir essas medidas engessadas e, tantas vezes, estúpidas.

Nem notamos mais a sutil diferença entre o raso e o profundo, o divino e o insano, o belo e o patético. Outro dia, passeando pelo trânsito de Belo Horizonte, aproximou-se da janela do carro onde eu estava um rapaz fantasiado, com os cabelos arrepiados, cantarolando sem parar e dançando entre os corredores. Entregava panfletos. Trabalhava pelo seu pão de cada dia. Impossível não achar graça de sua absoluta espontaneidade diante de um cenário aparentemente fora do normal...

E pensei num instante: como é linda a loucura que a alegria de viver nos provoca... E vivam os loucos de amor, estejam onde estiverem, façam o que fizerem!

Pois é isso que desejo a mim e a você neste tempo de recomeçar, de refazer os planos, de relembrar os sonhos, de reabrir os caminhos tortos desta busca sagrada: a loucura da alegria de viver... pautada naquilo que realmente tem importância.

Porque mais do que obedecer às regras e leis, mais do que se encaixar nos conceitos que definem extremismos vazios, mais do que seguir o fluxo feito bicho que nada pode fazer para escapar de seu destino sórdido, desejo que eu e você tenhamos apenas uma linha de conduta: a de atos inspirados nos bons sentimentos; e apenas um tipo de caráter: aquele comprometido em fazer o bem (considerando sempre nossa sublime imperfeição)!

E isso, em minha opinião, nada tem a ver com pertencimento a esta ou aquela conceituação. Religião, cor, opção sexual, sexo, classe social, aparência física, nacionalidade, profissão ou simbologia adotada são escolhas ou contingências pessoais, mas não revelam a grandeza de um espírito. É a sua conduta aliada ao seu caráter que o faz digno de um amor merecido.

Que este ano seja – de verdade – bem menos rótulos, muito menos preconceito e mais, cada vez mais, regido pelo que tem importância! E no fundo, no fundo, a gente sempre sabe o que realmente importa, especialmente quando decide abandonar a postura medíocre de juiz do Universo para agir com o coração!

Rosana Braga
Palestrante, Escritora e Consultora em relacionamentos afetivos.Autora do livro "FAÇA O AMOR VALER A PENA", entre outros.

Metas...

1º - Ler um livro / artigo / revista por semana
2º - Não comparar fatos passados
3º - Não falar mal dos outros
4º - Não subjulgar e nem criticar ninguém
5º - Usar a inteligência emocional
6º - Ser amiga, honesta, sincera e empática
7º - Buscar o equilibrio
8º - Perdoar
9º - Não comparar seu relacionamento com o dos outros
10º - Não usar o emocional numa discussão
11º - Ser positiva, paciente e tolerante
12º - Aprender a lidar com as pressões a sua volta, saudavelmente
13º - Não se angustiar com as incertezas da vida
14º - Servir, amar e compreender
15º - Não ser presunçosa
16º - Respeitar os comportamentos e as opiniões alheias
17º - Ser mais humilde
18º - Nunca perder seu CENTRO
19º - Não permitir que os outros interfiram no seu estado de espirito
20º - Buscar um amor condicional a ponto dele existir sem cobranças
21º - Viver a simplicidade
22º - Fazer cada tarefa com amor e dedicação
23º - Não olhar para trás
24º - Não ser saudosista
25º - Não sofrer
26º - Evitar pensamentos negativos
27º - Entender suas emoçoes e não deixá-las te dominar
28º - Não permitir que as crises de choro te dominem
29º - Pensar em coisas boas e alegres
30º - Não esperar nada de ninguém
31º - Não cobrar
32º - Ter cuidado com a inveja
33º - Não se cobrar demais.
34º - Não comparar sua vida e sonhos com a de seus amigos.
35º - Não ser egoísta
36º - Observar seus sentimentos e pensamentos
37º - Não comer doce
38º - Evitar tomar café
39º -Ser grata por todas as coisas que acontecem em sua vida
40º - Deixar a criança interior tomar conta de si pelo menos uma vez ao dia
41º - Rir das situações difícieis e embaraçadas
42º - Confiar mais em si mesma e naqueles que estao ao seu redor
43º - Se conscientizar que nem tudo pode ficar perfeito e que esta perfeição almejada não existe
44º - Controlar sua ansiedade sem comer
45º - Equilibrar-se nas suas palavras e atitudes

46º - Buscar uma alimentação saudável e ter uma boa saúde

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Seja Feliz Sempre!

Durante um seminário para casais, perguntaram a uma das esposas: - 'Seu marido a faz feliz? Ele a faz feliz de verdade?'Neste momento, o marido levantou seu pescoço,demonstrando total segurança. Ele sabia que a sua esposa diria que sim, pois ela jamais havia reclamadode algo durante o casamento.Todavia, sua esposa respondeu a pergunta com um sonoro 'NÃO', daqueles bem redondos!

- 'Não, o meu marido não me faz feliz'! (Neste momento o marido já procurava a porta de saída mais próxima).
- 'Meu marido nunca me fez feliz e não me faz feliz! Eu sou feliz'. E continuou:
- 'O fato de eu ser feliz ou não, não depende dele; e sim de mim. Eu sou aúnica pessoa da qual depende a minha felicidade. Eu determino ser feliz emcada situação e em cada momento da minha vida, pois se a minha felicidadedependesse de alguma pessoa, coisa ou circunstância sobre a face da Terra,eu estaria com sérios problemas. Tudo o que existe nesta vida muda constantemente: o ser humano, as riquezas, o meu corpo, o clima, o meuchefe, os prazeres, os amigos, minha saúde física e mental. E assim eupoderia citar uma lista interminável. Eu decido ser feliz! Se tenho hojeminha casa vazia ou cheia: sou feliz! Se vou sair acompanhada ou sozinha:sou feliz! Se meu emprego é bem remunerado ou não: eu sou feliz! Sou casadamas era feliz quando estava solteira. Eu sou feliz por mim mesma. As demais coisas, pessoas, momentos ou situações eu chamo de experiências que podemou não me proporcionar momentos de alegria e tristeza. Quando alguém que eu amo morre eu sou uma pessoa feliz num momento inevitável de tristeza.Aprendo com as experiências passageiras e vivo as que são eternas comoamar, perdoar, ajudar, compreender, aceitar, consolar. Há pessoas que dizem: hoje não posso ser feliz porque estou doente, porque não tenho dinheiro, porque faz muito calor, porque alguém me insultou, porque alguém deixou de me amar, porque eu não soube me dar valor, porque meu marido não é como eu esperava, porque meus filhos não me fazem felizes, porque meus amigos não me fazem felizes, porque meu emprego é medíocre e por aí vai. Eu amo meu marido e me sinto amada por ele desde que nos casamos. Amo a vida que tenho mas não porque minha vida é mais fácil do que a dos outros. É porque eu decidi ser feliz como indivíduo e me responsabilizo por minha felicidade. Quando eu tiro essa obrigação do meu marido e de qualquer outra pessoa, deixo-os livres do peso de me carregar nos ombros. A vida de todos fica muito mais leve. E é dessa forma que consegui um casamento bem sucedido ao longo de tantos anos'.

Nunca deixe nas mãos de ninguém uma responsabilidade tão grande quanto a de assumir e promover sua felicidade.

SEJA FELIZ, mesmo que faça calor, mesmo que esteja doente, mesmo que não tenha dinheiro, mesmo que alguém o tenha machucado, magoado, mesmo que alguém não o ame ou não lhe dê o devido valor.

(autoria desconhecida)

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Você não é perfeito

Por que desejamos (e raramente conseguimos) ter um corpo irretocável, um casamento de novela e um emprego de sonhos? A resposta pode estar na forma como nos relacionamos com o mundo à nossa volta
texto Elisa Correa

No mês em que completaria 100 anos, Simone de Beauvoir ganhou de presente uma polêmica. Justo ela, que escandalizou o mundo em 1949 ao lançar O Segundo Sexo, livro que se tornou um dos pilares do movimento feminista. Para comemorar o centenário da escritora, a revista semanal francesa Le Nouvel Observateur escolheu para a capa uma foto onde a companheira de Jean-Paul Sartre aparece nua, de costas, arrumando os cabelos no espelho de um banheiro. Além das críticas recebidas pela exposição de um ícone feminista, a publicação da imagem gerou uma grande discussão por causa dos retoques feitos na foto, tirada em Chicago, em 1952. Para ficar mais apresentável e mais perto dos atuais padrões de beleza, Simone de Beauvoir foi submetida a uma sessão de Photoshop.
Se até a História precisa se adequar aos padrões vigentes, o que dizer de nós? Em um mundo onde a competição toma conta das relações, os modelos são sempre superlativos: precisamos ser os mais rápidos, desejamos ser os mais belos, lutamos para ser os mais fortes. Comparamo-nos o tempo inteiro, e parece que a perfeição está sempre no outro: no corpo da apresentadora de TV, na grande demonstração de afeto da namorada do vizinho, no empregão do ex-colega da faculdade.
Os nossos são tempos de melhoramento contínuo, de infinitos retoques, de aperfeiçoamento compulsivo. Tempos onde as imperfeições não têm vez. São vistas como falhas que nos impedem de alcançar a excelência. Mas será que elas não podem ser vistas de outro jeito? Como diferenças particulares, como expressão da personalidade, como aquilo que nos faz ser o que somos?

Demasiado humanos
Enquanto lia esses poucos parágrafos, talvez inconscientemente você tenha começado a listar seus defeitos. Os centímetros a menos, a barriga que insiste em saltar da calça, a preguiça que impede aquelas aulas de francês à noite, sua desorganização atávica. Parabéns, você lembrou que é humano. E isso já é um bom começo.
Porque não é fácil sobreviver à avalanche de histórias de transformação pessoal e receitas de superação que desabam todos os dias sobre nós. Tem sempre alguém, do alto do próprio sucesso, dizendo que querer é poder. Para o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, esta é uma das características da pós-modernidade: saem os líderes e entram em cena os consultores, pessoas que dão conselhos para o que a gente quer, no momento em que a gente precisa. Eles alimentam nosso desejo de ter exemplos de vida, de saber como os outros se comportam quando lidam com problemas iguais aos nossos. E impulsionam a indústria do automelhoramento: programas de televisão apresentam gente como a gente contando como é possível vencer todas as dificuldades; livros e DVDs ensinam passo a passo como construir o corpo dos sonhos e conquistar o cargo de presidente de uma grande empresa.
Mas é preciso ter cuidado para não criar metas inatingíveis ao querer tanto chegar lá. O psicólogo e terapeuta de família Dalmo Silveira de Souza avisa: Se você está buscando evoluir, melhorar como ser humano, vá em frente. Agora, se através da comparação e da competição você está buscando ter um corpo irretocável e um casamento sem problemas, um emprego de cinema, é melhor uma pausa no caminho. Porque seu lá pode se transformar em lugar nenhum, exatamente o significado da palavra utopia, que vem do grego ou (não) e topos (lugar).

A comparação
Mas como nasce a percepção dos nossos defeitos e limitações e o desejo de querer ser e ter mais? Ao olharmos para os outros. O escritor e educador Rubem Alves vê na comparação um exercício dos olhos: Vejo-me; estou feliz. Vejo o outro. Vejo-me nos olhos do outro. Ele tem mais do que eu. Ele é mais do que eu. Vendo-me nos olhos dos outros eu me sinto humilhado. Tenho menos. Sou menos. Ele mesmo só descobriu que era pobre quando deixou o interior de Minas para morar no Rio e foi parar num colégio de cariocas ricos. Então começou a se sentir diferente, falava com sotaque caipira, não pertencia ao mundo elegante dos colegas, sentiu vergonha da sua pobreza.

Porque, até então, Rubem não sabia. Morava com a família numa casa velha de pau-a-pique, numa fazenda emprestada. Eu sou muito ligado a esse passado, foi um período de grande pobreza, mas eu não sabia que era pobre. O sentimento de infelicidade nasce da comparação. Foi um momento de grande felicidade, um período sem dor. Só dor de dente, dor de espinho no pé.
Não há como escapar da comparação. Só conseguimos avaliar o que temos e o que somos comparando nossa situação com a de um grupo de referência. É o sentimento de que podemos ser um pouco diferentes do que somos um sentimento transmitido pelas realizações superiores daqueles que consideramos nossos iguais que gera desejo e ressentimento, diz o filósofo Alain de Botton no livro Desejo de Status. Então o que fazer com esse sentimento? O que fazer se nossa vida parece tão ordinária quando comparada à dos outros?
A primeira coisa é cuidar para que a competição não tome conta das relações, sejam elas afetivas, familiares ou profissionais. Se isso acontecer e normalmente acontece , que tal transformar a competição em cooperação? Como? Percebendo que não estamos nas relações apenas para dar ou receber, e sim para cooperar, construir um bem comum. E, depois, tentar ver a vida dos outros como ela é. E não como parece ser. Já está mais que na hora de deixar de acreditar que existe um mundo cor-de-rosa. Não existe. Nem para você nem para a garota sorridente da capa de revista. Os conflitos, as idas e vindas, os erros e todas as outras mancadas do caminho fazem parte do processo de vida. Ver a perfeição apenas naquilo que não se tem ou no que os outros têm é um tipo de comportamento que só gera insatisfação.

A sombra do consumo
Talvez ajude saber que a insegurança e as imperfeições atormentam muitas pessoas que admiramos. Lembro-me de uma entrevista que fiz com o jornalista e escritor Fernando Morais em que ele disse nunca ler seus livros depois de colocar o ponto final e entregar para a gráfica: O ideal seria não ter nunca que entregar o livro para o editor. Todo dia acordar e pentear, pentear, pentear... Já pensou? Por pouco não deixamos de ler Olga e Chatô.
Mas os artistas sabem que existe um limite, que a busca da perfeição não pode impedir a criação. Chega uma hora em que é preciso tomar coragem e colocar o bonde na rua. É o que faz a cantora Fernanda Takai, perfeccionista convicta que diz estar aprendendo a viver com as imperfeições. Em tudo que me envolvo quero fazer bem, pois tem minha cara, minha assinatura. Mas, no meu caso, essa auto-exigência é positiva, porque acho que tenho evoluído como artista, diz.
E também é bom não subestimar o peso dos valores herdados. Desde pequenos fomos ensinados pela publicidade da TV, das revistas e dos outdoors a ser consumidores e, conseqüentemente, a buscar satisfação total. O problema é que a realização dos desejos é sempre projetada no futuro, no que está um pouco mais além. E aí, quando nossos desejos são atendidos, perdem automaticamente o fascínio e a capacidade de nos satisfazer. E são substituídos por outros.
Como bons consumidores, também medimos nossos relacionamentos pela satisfação. O sociólogo inglês Anthony Giddens deu até nome para esse novo tipo de relação amor confluente que substituiu a velha idéia romântica do amor exclusivo até que a morte nos separe. As relações de amor confluente duram apenas até quando e nem um dia a mais dura a satisfação de cada um dos envolvidos.
Enquanto Giddens vê essa mudança das relações como libertadora, Zygmunt Bauman acredita que, hoje, os relacionamentos são considerados como coisas a serem consumidas e não produzidas e, desse jeito, ficam submetidos aos mesmos critérios de avaliação de outros objetos de consumo. No livro The Individualized Society (A sociedade individualizada, sem edição brasileira), Bauman adverte que se o parceiro é visto pela ótica do consumo, não é mais necessário para o casal fazer funcionar o relacionamento, garantir que ele sobreviva aos altos e baixos, fazer sacrifícios para que a união dure. Basta procurar um relacionamento novo e melhor no mercado quando o velho não der mais a satisfação esperada e o prazer prometido.

Imagem e verdade
Roberto e Mariana Vieira, do nos de uma pequena fábrica de confecções em Santa Catarina, sempre acharam que num casamento perfeito não cabiam conflitos nem desentendimentos e, por isso, durante 15 anos viveram como um casal modelo. Os amigos acreditavam que eram almas gêmeas e sonhavam com um relacionamento igual. Dois anos atrás, o casamento entrou em crise. Roberto e Mariana perceberam que muitas dificuldades não foram enfrentadas para preservar a fachada de casal sem problemas que eles mesmos ajudaram a construir. E um casamento pode se sustentar sem o imperativo do relacionamento perfeito? Descobrimos que podíamos e deveríamos brigar, expor nossos sentimentos e opiniões, como todas as outras pessoas. E ainda assim continuar juntos, diz Mariana.
Por isso, antes de sair porta afora mais uma vez, talvez seja bom refletir: se você está sempre à procura da pessoa certa, se termina um relacionamento atrás do outro e ainda sonha com a mais perfeita das criaturas, é melhor se perguntar o que anda acontecendo. Com você. Com seu jeito de estar nas relações. O psicólogo Dalmo Silveira de Souza lembra que, antes de tudo, é preciso desenvolver o autoconhecimento: Não criar falsas expectativas sobre o que o outro pode dar e sim se responsabilizar por seu jeito de ser. Quando desenvolvo consciência do meu padrão de funcionamento, posso deixar de procurar ou depositar no outro o que é meu.

Perfeição de massa
Ver o mundo através das lentes do consumo nos faz exigir sempre o melhor, não importa se de um produto, de um relacionamento, de um emprego ou das pessoas que amamos. E, como o feitiço também vira contra o feiticeiro, de nós não exigimos menos que a excelência. A coisa é tão séria que virou fobia. Quem sofre de atelofobia tem medo da imperfeição. E também tem ansiedade crônica. Porque é difícil viver em uma sociedade onde o sofrimento, a tristeza, os defeitos e as fraquezas não são mais tolerados.
A indústria oferece soluções para qualquer tipo de problema e para todos os tipos de bolso: receitas para o sucesso nas prateleiras das livrarias; pílulas da felicidade na farmácia da esquina; o corpo dos sonhos em troca de cheques a perder de vista. Bem-vindos. Esses são os tempos da perfeição de massa, onde os defeitos são vistos como erros da natureza que podem ser corrigidos, deletados, deixados pa ra trás. Dentes desalinhados e pés chatos, olhar estrábico e orelhas de abano, escoliose e miopia, verrugas salientes e septos desviados são coisas do passado.
O corpo deixa de ser determinado e passa a ser inventado. Um corpo fabricado pelas nossas escolhas. Livre do sofrimento e do tempo. É o que sustenta o escritor francês Hervé Juvin no livro LAvènement du Corps (O triunfo do corpo, sem edição brasileira). Impotência, esterilidade, envelhecimento, desânimo, menopausa: tudo pode ser reparado. Músculos, cabelos, lábios e seios: tudo pode ser melhorado. O escritor vai além. Defende que, pela primeira vez, estamos diante de uma humanidade realmente dividida. Pelo corpo. Dentes quebrados ou cariados, corpos envelhecidos, mancos ou mutilados, rugas e cicatrizes separam os mundos mais que o dinheiro, escreve.
Mas, mesmo para aqueles que não podem fabricar o próprio corpo, a beleza não deixa de ser importante. Nas seis vezes em que participou de missões humanitárias na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, o cirurgião plástico e professor da Universidade Federal de Santa Catarina Zulmar Accioli de Vasconcellos lidou com preocupações estéticas em meio à guerra. Nas cirurgias reparadoras que fez, a maioria em crianças e adolescentes com algum tipo de paralisia causada por tiros, encontrou pacientes com o desejo de recuperar os movimentos e, também, de voltar a ser aceitos socialmente.
E não adianta perguntar ao doutor Zulmar qual cirurgia é a mais importante, a mais justificável: o transplante de um polegar na mão de um menino palestino ou o implante de silicone em uma mulher de 22 anos. O sentimento do paciente com seu problema é um só. Seu sentimento é que é o mais importante. Porque, se antes o menino escondia a mão para não mostrar a falta do dedo, a moça também arqueava os ombros pra esconder a falta de peito.

Aceite suas falhas
Corremos o risco de deixar de ser aquilo que somos para nos transformarmos em um corpo sem marcas, sem história, sem humores. Em mera imagem. Se não é bem essa sua intenção, experimente olhar o mundo através de lentes não viciadas em cânones ou padrões. Lentes que permitam enxergar tudo de forma sistêmica, onde não existe certo e errado nem perfeito e imperfeito. Se tudo depende do contexto e do observador, pare e olhe para você. Mas olhe profundamente. Lembre o que disse uma vez Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço: Quem olha para fora sonha. Quem olha para dentro desperta.
Sonhar a gente já sonha, e faz muito bem. Mas devemos despertar para um novo jeito de ver e estar no mundo, um jeito intrinsecamente ligado ao nosso ser. Para isso, é preciso deslocar o foco de atenção da aparência para a essência. Ao procurar seu traço fundamental, a soma de características que faz você ser o que é, certamente vai encontrar muitas coisas de que gosta e tantas outras de que não gosta. Mas é bom aceitar suas falhas com a mesma graça e humildade com que você aceita suas melhores qualidades, como pede a escritora e jornalista francesa Véronique Vienne em A Arte de Viver Bem com as Imperfeições, um livro que ajuda a ver consolo em nossos defeitos e humor em nossos erros.
Porque pode ser nos defeitos que você insiste em esconder que se expresse sua personalidade. A imperfeição rejeitada pode ser sua marca registrada, aquela que faz com que você seja reconhecido e lembrado. Anular as imperfeições é como matar as diferenças. É como subscrever um abaixo-assinado contra o estilo, a atitude, a essência. Contra toda e qualquer idéia independente sobre beleza.
Lembre-se de que a essência só se fará presente quando encontrar a espontaneidade de um corpo livre de travas e amarras. De que adiantam dentes artificialmente brancos numa boca que não ri? Ponha uma flor nos seus cabelos crespos, enfeite sua miopia com óculos coloridos. Use sua preguiça como antídoto contra o estresse que paira no escritório, sua rigidez para superar um momento difícil e sua gargalhada estridente para quebrar o gelo. Aprenda que mesmo aquele que você considera seu pior defeito, em muitos momentos, pode ser funcional. E pense que talvez as pessoas mais fascinantes sejam aquelas capazes de ser e permanecer naturais.

LIVROS
Desejo de Status, Alain de Botton, Rocco
The Individualized Society, Zygmunt Bauman, Polity PressLAvènement du Corps, Hervé Juvin, GallimardA Arte de Viver Bem com as Imperfeições, Véronique Vienne, PublifolhaHistória da Beleza, Umberto Eco, Record

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Iuuuuuupiiiiii!!!

A VIDA ESTÁ BOA? VOCÊ ESTÁ COM VONTADE DE SAIR PULANDO FEITO UM POTRINHO NO CAMPO? ENTÃO SUA CRIANÇA INTERIOR ESTÁ NO AUGE DA FELICIDADE. MAS, SE NÃO ESTIVER, TEM JEITO DE DESPERTÁ-LA, MESMO SEM PRECISAR EMPINAR PIPA, TOMAR SORVETE OU PUXAR O CAVANHAQUE DO CHEFE
texto Liane Alves fotos Eduardo Delfim


Se um marciano recém-chegado à Terra perguntasse a você o que é felicidade, que cena você escolheria para mostrar esse sentimento em seu mais puro estado? Um casal se unindo numa igreja? Um jovem recebendo seu diploma? Uma mãe amparando seu bebê pela primeira vez? Todas essas imagens expressam diferentes formas de realização, mas eu preferiria levá-lo para a beira de um rio para ver crianças brincando de pular na água, naquele tchibum sem igual na vida, correndo pela pedra para tomar impulso e mergulhar de pé com as pernas balançando para tudo que é lado. Tem alegria maior, mais pura que essa? Só a de cenas comparáveis: a menina escorregando na grama a mil por hora na chapa improvisada de madeira, o garoto pegando jacaré... Todas versões da mesma coisa: inocência e frescor, brincadeira e leveza, corpo e emoção, curiosidade e criatividade, senso de aventura e liberdade. Se a gente reparar bem, ao nomear essas qualidades estaremos falando exatamente dos componentes básicos que garantem a felicidade. Não tem dinheiro no meio, tem? Também não tem segurança e estabilidade, tem? Esses momentos, ora veja, também não dependem nem de nada nem de ninguém. Muito menos de condições especiais, de pré-requisitos, ou de como a coisa deve ou não deve ser, essa mania de gente adulta. Porém, vamos ter de admitir: todo mundo sabe que não é mais criança. Temos outras necessidades, compromissos e responsabilidades. Criamos vínculos, travas, mordaças. Mas, hummm, será que não dá mesmo para conciliar as duas coisas? Será que não dá para buscar mais leveza e frescor, espontaneidade e alegria ou aventura e irreverência em nossas vidas? O mais legal dessa história é que dá, sim. Você, como eu, também torcia o nariz quando ouvia falar da criança interior? E de como era importante expressá-la no dia-a-dia? Irônica, cheguei até a imaginar a cena: as crianças interiores do adultos saindo para fora das pessoas com estilingue no bolso ou com o coelho da Mônica pela mão, prontas para atingir o primeiro desavisado que aparecesse. Por isso, quando alguém vinha com essa conversa, assobiava, olhava para os lados e saltava fora. Até que um dia resolvi me aprofundar no assunto.

O criador da psicologia analítica, o suiço Carl Gustav Jung, por exemplo, passou um bom tempo de sua vida a estudar o tema. Um de seus mais brilhantes discípulos, James Hillman, também. Isso queria dizer que essa história de criança interna não era só coisa de livro de auto-ajuda. Reconheci: estava mais que na hora de saber como o contato com meu lado criança poderia ajudar a me dar mais vigor e alegria na vida.

Sob o quentinho do sol
Existem várias maneiras de contatar sua criança interna, e uma das melhores é a mais direta. Isto é, sempre que tiver chance, torne-se uma criança, desperte em você mesmo o menino ou menina que já foi um dia. Um grande mestre nos ensina como fazer isso: “Se estiver na praia, comece a catar conchinhas ou a fazer desenhos na areia; se estiver no jardim, brinque com o cachorro, observe com atenção formigas, passarinhos e borboletas. Sempre que puder estar com crianças de verdade, misture-se a elas e deixe de ser adulto. Deite-se no gramado, como uma criança pequena aproveitando o quentinho do sol. Corra pelado, como a meninada faria. No banheiro, em frente ao espelho, faça careta, ou, quando estiver na banheira, jogue água para cima, brinque com patos de plásticos ou barquinhos. As possibilidades são infinitas. O mais importante é esquecer-se da sua idade”. Essas palavras são do mestre indiano Osho. Ele nos ensinou a nos tornarmos crianças como um tipo especial e muito importante de meditação. E explica por que ela nos faz bem: “Tudo isso é necessário para conectá-lo outra vez com sua infância. Você tem que regredir, chegar ao fundo das memórias, porque as coisas só podem ser mudadas se atingirmos suas raízes”. É isso: quando entramos em contato com a criança que já fomos, acessamos a energia e a criatividade do mundo infantil e somos rejuvenescidos pelo influxo dessa nova seiva. A gente se sente renovado, disposto. É por esse motivo que, quando estamos relaxados e felizes, inconscientemente já fazemos isso. As férias, por exemplo, favorecem o aparecimento de várias crianças interiores. Flagrei algumas com seus 40 e poucos anos empinando pipa na praia, jogando peladas na areia, disputando campeonatos de pebolim no bar ou tomando sorvete com cobertura de pastilhas de chocolate coloridas, jujuba, damasco e cereja, tudo ao mesmo tempo. Ok, essa é uma das maneiras de arejar essa criança presa dentro do armário do peito e convidá-la para passear. Mas será a única?

Garotos são de lascar
Você era uma criança levada? Mandona? O dono da bola ou o que escolhia o pessoal na hora de jogar queimada? Ou era aquela criaturinha tímida e sensível com o cobertorzinho na mão e o último a ser escolhido na hora do jogo de vôlei? Morro de vergonha de dizer que era do segundo time, o das crianças quietinhas. Daquelas que costumam ser passadas para trás pelas mais espertas, sabe? Então, uma das questões cruciais que tinha para a psicoterapeuta junguiana Sônia Belotti era exatamente essa: a criança interior com que tenho de entrar em contato é aquela menina que sempre preferiu seu mundo interno e as paisagens da natureza? São as crianças que já fomos na vida?

O primeiro passo é aceitar a criança que já fomos um dia, do jeitinho que ela era
A resposta esconde uma sutileza. “A criança interior é aquela que imaginamos ter sido um dia. Talvez nem seja realmente a criança que realmente fomos, segundo nossos pais ou amigos, por exemplo, mas sim aquela que ficou registrada em nossa psique, com suas vivências e emoções. Ela é inteiramente subjetiva”, diz Sônia Belotti. Bom, agora que já sabemos quem ela é, como vamos acessála em nossa memória? A terapeuta diz que uma boa maneira é verificar atentamente nossas fotografias de infância. Olhares e expressões nos dizem muito de quem a gente foi, mais até que nossas recordações, que às vezes traem o que verdadeiramente nos aconteceu. Sônia me aconselhou também a fazer uma meditação usando visualização: imaginar a garota que fui, no meu quarto, ou envolvida com minha brincadeira favorita. Quando essas imagens estivessem nítidas em minha mente, ela me disse para olhar para essa criança em seus olhos e abraçá-la, totalmente disposta a aceitá-la de coração tal como ela é. É um exercício que em psicanálise se chama de imaginação ativa. Com uma certa resistência, fui fazer a experiência da tal visualização. Emocionei-me bastante, percebi o quanto gostava dessa menina de pijaminha de flanela que eu tinha sido.

Lembrar-se de si mesmo quando criança ajuda a contatar uma fonte inesgotável de energia
Também vi o quanto ela precisava do meu abraço, do meu aconchego. Saí da meditação com um sentimento muito bom no coração. Outra prática proposta por Sônia para travar contato com a criança interior é deixar um retrato de infância no criado-mudo por uns tempos. E, sempre que possível, perguntar mentalmente a essa criança, antes de dormir, o que ela mais deseja na vida. A resposta, diz a especialista, pode vir em sonhos, insights (revelações instantâneas), numa coisa que você vai ler ou alguém vai lhe dizer. Seu inconsciente, que está em contato com seu ser mais essencial, vai responder. E, com base nessa resposta, suas próximas metas podem estar mais alinhadas esse seu eu mais profundo. Investir em seus próprios sonhos (mesmo com adaptações) garante a ativação de algumas das qualidades que mais trazem felicidade à alma humana: coragem, alegria, abertura, sentido de aventura. Essa me parece uma maneira inteligente de entrar em contato com a menina ou menino que um dia fomos. Tanto quanto tomar sorvete ou jogar pingue-pongue.

Jung e os bloquinhos
Agora que já sabemos entrar em contato com a criança interna, temos de saber para que serve isso, afinal. E ninguém melhor que o psicanalista suiço Carl Gustav Jung para responder. Jung fez uma fantástica descoberta: percebeu que, ao repetir sua brincadeira favorita de infância, que era construir casinhas com blocos de madeira, pedras e areia, acionava uma enorme fonte de energia e criatividade interna. Enquanto se divertia em montar cidades usando as pecinhas de madeira, idéias brotavam aos borbotões em sua mente. Foi com base nesse expediente que ele elaborou temas importantes dentro de seu sistema de pensamento, como a teoria dos arquétipos, do inconsciente coletivo e outros temas essenciais de seu trabalho. Para completar, escreveu uma tese onde explica a enorme importância de acessar o mundo interno infantil e “regredir” voluntariamente como uma maneira de acessar uma fonte insuspeitada de vitalidade, intuição e abertura. Seu discípulo James Hillman também dá força a essa idéia da brincadeira: “O que a psicologia profunda passou a denominar regressão é apenas o retorno à criança interna”, disse ele. É um processo de interiorização na busca de energia criativa, inovadora, que nos possibilita ampliar e desenvolver nossa jornada na busca de um sentimento de totalidade e plenitude. Por isso é que, depois de jogar pelada, furar onda ou andar de bicicleta, não há marmanjo que chegue em casa sem aquele sorrisão no rosto. Mesmo fisicamente exaustos, a vida nos parece tão boa e generosa que nos dá muita vontade de realizar coisas, amar as pessoas e ser feliz. Realizar sonhos é outra maneira insuspeitada de expressar o que pede sua alma infantil

A criança ferida
A maioria das pessoas continua tendo contato com sua criança interior mesmo adulta, por meio de hábitos, desejos e condutas infantis. E essa criança interior que habita a alma de cada um pode vir à tona de várias formas, tanto positivas quanto negativas. Ela pode ser alegre, divertida, viva, quando expressa o arquétipo em seu lado positivo, ou melancólica, mal-humorada, teimosa ou birrenta, quando se mostra em seu lado negativo. Nesse último caso, essa exteriorização quase sempre vai revelar uma criança ferida e até hoje magoada. “O primeiro lugar em que vamos encontrar essa criança abandonada é nos sonhos, em que nós mesmos, um filho nosso ou uma criança desconhecida é negligenciada, esquecida, deixada para trás”, diz James Hillman. Acalentar, cuidar e dar segurança a essa criança ferida, seja com visualizações, seja com terapia, pode ser um passo muito importante para sua cura, segundo os parâmetros da psicologia analítica. E Jung dizia mais ainda. Ele afirmava que toda vez que temos vontade de expressar os aspectos positivos da criança interna estamos dando claros sinais de que podemos estar a um passo de um grande evento: a obtenção da totalidade psíquica ou, em outras palavras, de atingir aquele estado de plenitude, alegria e felicidade tão bem representado pela criança quando tem todas as suas necessidade atendidas. Lembra a linda imagem usada pela compositora Dolores Duran que fala “da paz de criança dormindo”, na canção Para Enfeitar a Noite do meu Bem? O mestre da psicanálise diria que ela retrata com poesia e precisão o arquétipo da Criança Divina, que é a expressão maior e mais profunda da criança interior. É como se fosse a dimensão mais pura de nós mesmos, que pode ser atingida em alguns raros momentos durante a vida, quando temos a maravilhosa sensação de estar plenos, felizes e absolutamente integrados ao universo. Você tinha idéia do quanto é importante travar contato com sua criança? Eu não.

Os egoistinhas
E aqueles adultos-crianças que não amadurecem nunca, chatinhos, mimados, egoístas e teimosos? Bom, eles estão em contato com o aspecto negativo de sua criança interior e tão identificados com ele que não conseguem amadurecer. É muito diferente de um adulto maduro que trava contato com seus aspectos infantis (tanto positivos quanto negativos, pois a tentativa é justamente conhecer-se melhor). Um é uma criança grande que não alcançou a saudável contrapartida da maturidade. O outro, um ser maduro que tem a sabedoria de não asfixiar a criança que já foi um dia. Existe ainda outra classificação interessante. Adultos e crianças podem ser extrovertidos e introvertidos, segundo as concepções junguiana e freudiana. Sonhos de crianças/adultos introvertidos, que extraem mais prazer de seu centro interno, trazem características mais autocentradas: viajar sozinho de moto pelo deserto de Atacama, ter um refúgio de madeira à beira de um lago ou construir um veleiro com as próprias mãos. O contrário também vale: os extrovertidos, que extraem mais prazer com o que está fora, podem sonhar em ir com os amigos para a África do Sul na próxima Copa do Mundo, querer organizar um mutirão de Natal para ajudar crianças carentes ou dar uma festa de arromba para comemorar seus 50 anos. O ideal, porém, é que, temperados pela sabedoria da maturidade, o adulto amplie um pouco mais seu centro de prazer infantil, ou incluindo alguém, no caso dos introvertidos, ou excluindo o excesso de pessoas ou a atividade exagerada, quando se fala de extrovertidos. “A maturidade e o autoconhecimento podem trazer mais equilíbrio à criança interna”, diz Sônia. Os sonhos ficam mais ricos se compartilhados em mais justa medida e podem render mais satisfação. Então, tá combinado: toda vez que você apostar em realizar um sonho (mesmo os atuais), tiver certeza de que o futuro vai ser benéfico e se sentir radiante e feliz, já vai saber que estará expressando sua criança interior. Também vai lembrar que as brincadeiras de infância e os exercícios de imaginação ativa, as ocasiões em que você se imagina quando pequeno, podem acessar um manancial imenso de criatividade e energia. Isso só para começar o jogo, porque tem muito mais coisas interessantes a respeito desse assunto, se a gente quiser se aprofundar. Da próxima vez que passar por uma seção de livros que falem da criança interior, juro que dou mais uma olhadinha e conto.

Nossa Criança Interior _ Revista Vida Simples