quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Voce Aprende

Depois de algum tempo você aprende a diferença...
a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.
E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...
E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destrui-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde indo, qualquer caminho serve.
Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.
Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!
Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A realidade e o observador: o impacto dos pensamentos

por Monica Aiub

"Fazemos como Nietzsche descreve: inventamos a verdade e, no instante seguinte, esquecemos que fomos nós que a inventamos"

John Searle, em Mind: A brief introduction (2004), ao apresentar a intencionalidade como um importante problema da Filosofia da Mente, distingue entre a realidade que depende da existência de um observador e a realidade que independe do observador para existir. Elementos como gravidade, fotossíntese, massa, força, átomos são exemplos de coisas que existem independentemente do observador, a realidade natural, segundo ele. Em contrapartida, propriedade, dinheiro, governo são exemplos de coisas que dependem de nós para existir, a realidade social, cultural, existencial. O problema que ele levanta se dá quando consideramos coisas que dependem de um observador como se fossem coisas que existem independentemente dele, como, por exemplo, o dinheiro.

O que faz com que um pedaço de papel tenha valor para trocarmos por objetos e serviços senão o fato de observadores terem atribuído tal valor ao papel? Contudo, esquecemos que o dinheiro foi criado como instrumento para facilitar as trocas, e começamos a valorizá-lo em si mesmo, muitas vezes abrindo mão de nossa liberdade, de nossas próprias vidas, matando ou morrendo, em função de “um pedaço de papel”.

Tornando esse processo ainda mais complexo, muitas vezes atribuímos essa “realidade”, com existência independente de nós, a idéias, a juízos emitidos por um observador. Contudo, o peso que tais idéias ou palavras exercem sobre nossas ações, sobre nossos estados emocionais, sobre a construção de nossas vidas, muitas vezes, é imenso.

Mais complexidade ainda encontramos quando atribuímos uma realidade ao que nós, como observadores, supomos que outros observadores pensam. Ficou confuso? Vamos a um exemplo: considere uma pessoa que pensa que as outras terão preconceito por ela ter um diagnóstico de esquizofrenia e, por esse motivo, priva-se do convívio com essas outras pessoas, mas sofre muitíssimo com a discriminação; considere também uma pessoa que pensa que será rejeitada ao declarar seu amor, e por isso tenta escondê-lo, para que a pessoa amada jamais venha a suspeitar de seu sentimento e, consequentemente, não a rejeite; ou um aluno que pensa que será considerado idiota se perguntar sobre sua dúvida, então finge ter compreendido o assunto para que os outros não desconfiem que ele não entendeu plenamente o estudado.

Poderíamos listar inúmeros exemplos de situações dessa natureza. Quantas vezes, em nossas vidas, já fizemos algo do gênero? Privamo-nos de emitir nossas opiniões, de expor nossos sentimentos, de perguntar sobre o que nos inquieta, com medo do preconceito que pensamos que o outro possui? Como sabemos que possui? Temos acesso aos pensamentos dos outros? E ainda que tivéssemos, nossas declarações, colocações, exposições poderiam modificar tais pensamentos, ou eles são estáticos, imutáveis? Quantas vezes você já mudou de opinião porque alguém lhe expôs algo de modo que jamais havia considerado? Quantas vezes você foi surpreendido porque alguém respondeu de maneira totalmente diferente a que esperava?

Impacto dos preconceitos

Partindo desses questionamentos, você já avaliou o impacto dos preconceitos – tanto os seus, quanto os de outras pessoas – na vida? Quantas das suas decisões foram guiadas por seus preconceitos? Quantas o foram por preconceitos de outros? E quantas, ainda, por seus preconceitos acerca dos preconceitos dos outros?

Preconceito. Pré-conceito: conceito anterior à experiência, à vivência. Atribuímos um conceito a algo, alguém ou alguma situação, e o tomamos como se fosse “a realidade”, independentemente de termos sido nós a atribuí-lo. Fazemos como Nietzsche descreve: inventamos a verdade e, no instante seguinte, esquecemos que fomos nós que a inventamos.

Ao tomar nossos conceitos prévios como realidades existentes, independentemente do significado atribuído por um observador, esquecemos que somos responsáveis pela existência de tais conceitos, pela atribuição de significados a certos eventos, e passamos a considerá-los como “a realidade”. Sendo o real determinante para nossos posicionamentos e, consequentemente, para definir novos eventos, podemos afirmar que “constituímos” o real, que construímos o mundo, que provocamos os acontecimentos. As idéias se materializam, os conceitos prévios tornam-se realidades subseqüentes, a vida passa a ser determinada por tais conceitos, capazes de movimentar o mundo.

Como é possível pensar em diferentes conceitos prévios, visto que eles não necessitam de fundamentação, de pertinência às questões propostas, tudo é possível, tudo pode vir a ser. E como tudo é possível, não temos uma possibilidade. Temos, apenas, todas as possibilidades para que escolhamos a que melhor nos convier.

Isso amplia nossa responsabilidade diante do mundo, da vida. Não se trata de uma determinação exterior a nós, mas de nós mesmos determinarmos os caminhos que trilharemos em nossa existência. Não se trata de mágica: materializar o pensamento por ter pensado. Trata-se de assumir posicionamentos devido a uma forma de pensar. Trata-se de agir de maneira a reafirmar aquilo que pensamos e, conseqüentemente, construir o real tal como as idéias que habitam nosso intelecto.

Quais as idéias que habitam seu intelecto? De que maneira elas interferem na forma como você se relaciona? Elas interferem em suas decisões? Elas lhe aproximam ou lhe afastam do que busca como forma de vida? São coerentes com seus desejos?

Nem sempre damos atenção suficiente a nossas formas de pensar, aos conteúdos das idéias que freqüentam nossos pensamentos. Pensamos, concluímos, agimos... Observamos as bases de nossos pensamentos? O que nos faz pensar como pensamos e pensar o que pensamos? Há outras formas possíveis para o pensar?

Cuidado com o que você pensa

No mesmo livro, mas não somente nele, Searle nos questiona sobre as maneiras pelas quais um pensamento é capaz de causar um movimento no mundo físico, como por exemplo, movimentarmos nosso braço. Decididamente, muito de nossas ações só acontece porque pensamos algo, desejamos algo, acreditamos em algo, tememos algo... ou seja, há um estado subjetivo que provoca um tipo de movimentação no mundo. Se isso é fato – e é difícil, empiricamente, duvidar desse fato –, então a interferência do que pensamos sobre o que vivemos é muito maior do que habitualmente imaginamos. Então o dito popular “cuidado com o que você pensa” possui um sentido muito mais intenso.

Repito: não estou afirmando que pensar é suficiente para constituir o mundo tal qual nosso pensamento. Estou afirmando que nossos pensamentos interferem, e às vezes determinam, nossas ações, nossos posicionamentos, e que o mundo em que vivemos se constitui a partir da interferência dessas nossas ações sobre ele. Se penso que o outro tem preconceito, para não sofrer a discriminação, segrego-me antes, escondo-me, sofro antecipadamente.

É interessante observar que, muitas vezes, o juízo prévio que formulamos acerca dos pensamentos alheios não é condizente com o que o outro pensa de fato. Quando nos deparamos com o pensamento do outro, e ele não é condizente com o quadro que criamos, isso pode ser uma decepção, mas também pode ser a origem de um grande alívio existencial.

De certa forma, nos deparamos constantemente com a observação de estarmos baseando nossas ações em nossos juízos prévios – pré-juízos. Tal constatação pode ser motivo de modificação de nossos posicionamentos, ao contrapormos nossos pensamentos a testes comprobatórios, ou a dados da “realidade” que os confrontem. Isso pode ser de grande importância para orientarmos nossos planos de ação, para nos situarmos acerca das condições para efetivarmos nossos projetos.

A mesma constatação pode, todavia, ser motivo de reafirmação de nossos posicionamentos. São pré-juízos sim, não há como verificar suas bases, mas manter a crença neles mantém o sentido da existência, permite a construção de um caminho possível, ainda que o outro, de fato, não pense como eu acho que ele pensa.

Por um lado, nossos pensamentos movimentam-se o tempo inteiro. Se o outro não pensava assim, pode passar a pensar. Se ele pensava, poderá deixar de pensar. O quanto nossos posicionamentos interferem na construção do pensamento do outro?

Se você está me acompanhando até aqui, talvez tenha percebido que percorremos alguns círculos. Pensamentos que geram ações, que geram pensamentos, que geram ações. Ações que geram o mundo, que gera ações. O pensamento do outro que constitui o meu pensamento, que constitui o pensamento do outro. Quais os limites, as linhas divisórias entre esses elementos?

Penso não ser possível estabelecer esses limites, essas linhas divisórias. Não há fronteiras, territórios específicos do pensar, do agir, do eu, do outro.

Infinitas possibilidades

Desterritorialização, como apontaram Deleuze e Guattari, talvez seja uma abordagem mais condizente com o que vivenciamos. A constatação da fluidez de nosso pensar e, conseqüentemente, de nossas ações, daquilo que somos, talvez permita uma melhor compreensão de como viver em um mundo onde não há uma possibilidade, mas todas as possibilidades. Diante de todas as possibilidades, qual ou quais você escolhe para constituir seus pensamentos, suas ações, sua existência?

Referências Bibliográficas:
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil Platôs: Capitalismo e Esquizofrenia. 5 vol. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1995.
SEARLE, J. Mind: A brief introduction. Oxford: Oxford University Press, 2004.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Tabela de Sentimentos - autoconhecimento

Para autoconhecimento...


01 – Alegria/Conhecimento/Poder/Liberdade/Amor/Apreciação

02 – Paixão

03 – Entusiasmo/Vivacidade/Felicidade

04 – Expectativas Positivas/Fé

05 – Otimismo

06 – Esperança

07 – Contentamento

08 – Enfado

09 – Pessimismo

10 – Frustração/Irritação/Impaciência

11 – Opressão

12 – Desapontamento

13 – Dúvida

14 – Preocupação

15 – Acusação

16 – Desencorajamento

17 – Raiva

18 - Vingança

19 – Aversão

20 – Inveja

21 – Insegurança/Culpa/Desvalorização

22 – Medo/Tristeza/Depressão/Desespero/Impotência

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

O que realmente importa...

Talvez você já tenha se feito esta pergunta: “o que realmente importa em sua vida? Quem realmente importa?”. Sei que este parece ser um questionamento muito simples, mas quando mergulhamos profundamente na questão, descobrimos que nem sempre vivemos a partir daquilo que realmente tem importância pra nós!

Somos incitados, quase que hipnotizados, diariamente, a engolir verdades que não são nossas, regras impostas por quem não sabe nada sobre nosso coração, leis inventadas sem levar em conta delicadezas como um coração, uma alma, um sentimento. Apenas determinações na tentativa de nos manipular, de nos julgar, de nos imprimir rótulos que nada dizem sobre nossas dores nem tampouco sobre nossos amores.

E assim vamos nos esquecendo do que realmente importa! Noções sobre “certo” e “errado” ou “bom” e “ruim” ganham cunhos políticos. E daí para a demagogia, a hipocrisia e o ridículo, a distância é praticamente nenhuma! Mas a gente aceita e até se esforça, quase nos sentindo culpados se não o fizermos, para digerir essas medidas engessadas e, tantas vezes, estúpidas.

Nem notamos mais a sutil diferença entre o raso e o profundo, o divino e o insano, o belo e o patético. Outro dia, passeando pelo trânsito de Belo Horizonte, aproximou-se da janela do carro onde eu estava um rapaz fantasiado, com os cabelos arrepiados, cantarolando sem parar e dançando entre os corredores. Entregava panfletos. Trabalhava pelo seu pão de cada dia. Impossível não achar graça de sua absoluta espontaneidade diante de um cenário aparentemente fora do normal...

E pensei num instante: como é linda a loucura que a alegria de viver nos provoca... E vivam os loucos de amor, estejam onde estiverem, façam o que fizerem!

Pois é isso que desejo a mim e a você neste tempo de recomeçar, de refazer os planos, de relembrar os sonhos, de reabrir os caminhos tortos desta busca sagrada: a loucura da alegria de viver... pautada naquilo que realmente tem importância.

Porque mais do que obedecer às regras e leis, mais do que se encaixar nos conceitos que definem extremismos vazios, mais do que seguir o fluxo feito bicho que nada pode fazer para escapar de seu destino sórdido, desejo que eu e você tenhamos apenas uma linha de conduta: a de atos inspirados nos bons sentimentos; e apenas um tipo de caráter: aquele comprometido em fazer o bem (considerando sempre nossa sublime imperfeição)!

E isso, em minha opinião, nada tem a ver com pertencimento a esta ou aquela conceituação. Religião, cor, opção sexual, sexo, classe social, aparência física, nacionalidade, profissão ou simbologia adotada são escolhas ou contingências pessoais, mas não revelam a grandeza de um espírito. É a sua conduta aliada ao seu caráter que o faz digno de um amor merecido.

Que este ano seja – de verdade – bem menos rótulos, muito menos preconceito e mais, cada vez mais, regido pelo que tem importância! E no fundo, no fundo, a gente sempre sabe o que realmente importa, especialmente quando decide abandonar a postura medíocre de juiz do Universo para agir com o coração!

Rosana Braga
Palestrante, Escritora e Consultora em relacionamentos afetivos.Autora do livro "FAÇA O AMOR VALER A PENA", entre outros.

Metas...

1º - Ler um livro / artigo / revista por semana
2º - Não comparar fatos passados
3º - Não falar mal dos outros
4º - Não subjulgar e nem criticar ninguém
5º - Usar a inteligência emocional
6º - Ser amiga, honesta, sincera e empática
7º - Buscar o equilibrio
8º - Perdoar
9º - Não comparar seu relacionamento com o dos outros
10º - Não usar o emocional numa discussão
11º - Ser positiva, paciente e tolerante
12º - Aprender a lidar com as pressões a sua volta, saudavelmente
13º - Não se angustiar com as incertezas da vida
14º - Servir, amar e compreender
15º - Não ser presunçosa
16º - Respeitar os comportamentos e as opiniões alheias
17º - Ser mais humilde
18º - Nunca perder seu CENTRO
19º - Não permitir que os outros interfiram no seu estado de espirito
20º - Buscar um amor condicional a ponto dele existir sem cobranças
21º - Viver a simplicidade
22º - Fazer cada tarefa com amor e dedicação
23º - Não olhar para trás
24º - Não ser saudosista
25º - Não sofrer
26º - Evitar pensamentos negativos
27º - Entender suas emoçoes e não deixá-las te dominar
28º - Não permitir que as crises de choro te dominem
29º - Pensar em coisas boas e alegres
30º - Não esperar nada de ninguém
31º - Não cobrar
32º - Ter cuidado com a inveja
33º - Não se cobrar demais.
34º - Não comparar sua vida e sonhos com a de seus amigos.
35º - Não ser egoísta
36º - Observar seus sentimentos e pensamentos
37º - Não comer doce
38º - Evitar tomar café
39º -Ser grata por todas as coisas que acontecem em sua vida
40º - Deixar a criança interior tomar conta de si pelo menos uma vez ao dia
41º - Rir das situações difícieis e embaraçadas
42º - Confiar mais em si mesma e naqueles que estao ao seu redor
43º - Se conscientizar que nem tudo pode ficar perfeito e que esta perfeição almejada não existe
44º - Controlar sua ansiedade sem comer
45º - Equilibrar-se nas suas palavras e atitudes

46º - Buscar uma alimentação saudável e ter uma boa saúde

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Seja Feliz Sempre!

Durante um seminário para casais, perguntaram a uma das esposas: - 'Seu marido a faz feliz? Ele a faz feliz de verdade?'Neste momento, o marido levantou seu pescoço,demonstrando total segurança. Ele sabia que a sua esposa diria que sim, pois ela jamais havia reclamadode algo durante o casamento.Todavia, sua esposa respondeu a pergunta com um sonoro 'NÃO', daqueles bem redondos!

- 'Não, o meu marido não me faz feliz'! (Neste momento o marido já procurava a porta de saída mais próxima).
- 'Meu marido nunca me fez feliz e não me faz feliz! Eu sou feliz'. E continuou:
- 'O fato de eu ser feliz ou não, não depende dele; e sim de mim. Eu sou aúnica pessoa da qual depende a minha felicidade. Eu determino ser feliz emcada situação e em cada momento da minha vida, pois se a minha felicidadedependesse de alguma pessoa, coisa ou circunstância sobre a face da Terra,eu estaria com sérios problemas. Tudo o que existe nesta vida muda constantemente: o ser humano, as riquezas, o meu corpo, o clima, o meuchefe, os prazeres, os amigos, minha saúde física e mental. E assim eupoderia citar uma lista interminável. Eu decido ser feliz! Se tenho hojeminha casa vazia ou cheia: sou feliz! Se vou sair acompanhada ou sozinha:sou feliz! Se meu emprego é bem remunerado ou não: eu sou feliz! Sou casadamas era feliz quando estava solteira. Eu sou feliz por mim mesma. As demais coisas, pessoas, momentos ou situações eu chamo de experiências que podemou não me proporcionar momentos de alegria e tristeza. Quando alguém que eu amo morre eu sou uma pessoa feliz num momento inevitável de tristeza.Aprendo com as experiências passageiras e vivo as que são eternas comoamar, perdoar, ajudar, compreender, aceitar, consolar. Há pessoas que dizem: hoje não posso ser feliz porque estou doente, porque não tenho dinheiro, porque faz muito calor, porque alguém me insultou, porque alguém deixou de me amar, porque eu não soube me dar valor, porque meu marido não é como eu esperava, porque meus filhos não me fazem felizes, porque meus amigos não me fazem felizes, porque meu emprego é medíocre e por aí vai. Eu amo meu marido e me sinto amada por ele desde que nos casamos. Amo a vida que tenho mas não porque minha vida é mais fácil do que a dos outros. É porque eu decidi ser feliz como indivíduo e me responsabilizo por minha felicidade. Quando eu tiro essa obrigação do meu marido e de qualquer outra pessoa, deixo-os livres do peso de me carregar nos ombros. A vida de todos fica muito mais leve. E é dessa forma que consegui um casamento bem sucedido ao longo de tantos anos'.

Nunca deixe nas mãos de ninguém uma responsabilidade tão grande quanto a de assumir e promover sua felicidade.

SEJA FELIZ, mesmo que faça calor, mesmo que esteja doente, mesmo que não tenha dinheiro, mesmo que alguém o tenha machucado, magoado, mesmo que alguém não o ame ou não lhe dê o devido valor.

(autoria desconhecida)

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Você não é perfeito

Por que desejamos (e raramente conseguimos) ter um corpo irretocável, um casamento de novela e um emprego de sonhos? A resposta pode estar na forma como nos relacionamos com o mundo à nossa volta
texto Elisa Correa

No mês em que completaria 100 anos, Simone de Beauvoir ganhou de presente uma polêmica. Justo ela, que escandalizou o mundo em 1949 ao lançar O Segundo Sexo, livro que se tornou um dos pilares do movimento feminista. Para comemorar o centenário da escritora, a revista semanal francesa Le Nouvel Observateur escolheu para a capa uma foto onde a companheira de Jean-Paul Sartre aparece nua, de costas, arrumando os cabelos no espelho de um banheiro. Além das críticas recebidas pela exposição de um ícone feminista, a publicação da imagem gerou uma grande discussão por causa dos retoques feitos na foto, tirada em Chicago, em 1952. Para ficar mais apresentável e mais perto dos atuais padrões de beleza, Simone de Beauvoir foi submetida a uma sessão de Photoshop.
Se até a História precisa se adequar aos padrões vigentes, o que dizer de nós? Em um mundo onde a competição toma conta das relações, os modelos são sempre superlativos: precisamos ser os mais rápidos, desejamos ser os mais belos, lutamos para ser os mais fortes. Comparamo-nos o tempo inteiro, e parece que a perfeição está sempre no outro: no corpo da apresentadora de TV, na grande demonstração de afeto da namorada do vizinho, no empregão do ex-colega da faculdade.
Os nossos são tempos de melhoramento contínuo, de infinitos retoques, de aperfeiçoamento compulsivo. Tempos onde as imperfeições não têm vez. São vistas como falhas que nos impedem de alcançar a excelência. Mas será que elas não podem ser vistas de outro jeito? Como diferenças particulares, como expressão da personalidade, como aquilo que nos faz ser o que somos?

Demasiado humanos
Enquanto lia esses poucos parágrafos, talvez inconscientemente você tenha começado a listar seus defeitos. Os centímetros a menos, a barriga que insiste em saltar da calça, a preguiça que impede aquelas aulas de francês à noite, sua desorganização atávica. Parabéns, você lembrou que é humano. E isso já é um bom começo.
Porque não é fácil sobreviver à avalanche de histórias de transformação pessoal e receitas de superação que desabam todos os dias sobre nós. Tem sempre alguém, do alto do próprio sucesso, dizendo que querer é poder. Para o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, esta é uma das características da pós-modernidade: saem os líderes e entram em cena os consultores, pessoas que dão conselhos para o que a gente quer, no momento em que a gente precisa. Eles alimentam nosso desejo de ter exemplos de vida, de saber como os outros se comportam quando lidam com problemas iguais aos nossos. E impulsionam a indústria do automelhoramento: programas de televisão apresentam gente como a gente contando como é possível vencer todas as dificuldades; livros e DVDs ensinam passo a passo como construir o corpo dos sonhos e conquistar o cargo de presidente de uma grande empresa.
Mas é preciso ter cuidado para não criar metas inatingíveis ao querer tanto chegar lá. O psicólogo e terapeuta de família Dalmo Silveira de Souza avisa: Se você está buscando evoluir, melhorar como ser humano, vá em frente. Agora, se através da comparação e da competição você está buscando ter um corpo irretocável e um casamento sem problemas, um emprego de cinema, é melhor uma pausa no caminho. Porque seu lá pode se transformar em lugar nenhum, exatamente o significado da palavra utopia, que vem do grego ou (não) e topos (lugar).

A comparação
Mas como nasce a percepção dos nossos defeitos e limitações e o desejo de querer ser e ter mais? Ao olharmos para os outros. O escritor e educador Rubem Alves vê na comparação um exercício dos olhos: Vejo-me; estou feliz. Vejo o outro. Vejo-me nos olhos do outro. Ele tem mais do que eu. Ele é mais do que eu. Vendo-me nos olhos dos outros eu me sinto humilhado. Tenho menos. Sou menos. Ele mesmo só descobriu que era pobre quando deixou o interior de Minas para morar no Rio e foi parar num colégio de cariocas ricos. Então começou a se sentir diferente, falava com sotaque caipira, não pertencia ao mundo elegante dos colegas, sentiu vergonha da sua pobreza.

Porque, até então, Rubem não sabia. Morava com a família numa casa velha de pau-a-pique, numa fazenda emprestada. Eu sou muito ligado a esse passado, foi um período de grande pobreza, mas eu não sabia que era pobre. O sentimento de infelicidade nasce da comparação. Foi um momento de grande felicidade, um período sem dor. Só dor de dente, dor de espinho no pé.
Não há como escapar da comparação. Só conseguimos avaliar o que temos e o que somos comparando nossa situação com a de um grupo de referência. É o sentimento de que podemos ser um pouco diferentes do que somos um sentimento transmitido pelas realizações superiores daqueles que consideramos nossos iguais que gera desejo e ressentimento, diz o filósofo Alain de Botton no livro Desejo de Status. Então o que fazer com esse sentimento? O que fazer se nossa vida parece tão ordinária quando comparada à dos outros?
A primeira coisa é cuidar para que a competição não tome conta das relações, sejam elas afetivas, familiares ou profissionais. Se isso acontecer e normalmente acontece , que tal transformar a competição em cooperação? Como? Percebendo que não estamos nas relações apenas para dar ou receber, e sim para cooperar, construir um bem comum. E, depois, tentar ver a vida dos outros como ela é. E não como parece ser. Já está mais que na hora de deixar de acreditar que existe um mundo cor-de-rosa. Não existe. Nem para você nem para a garota sorridente da capa de revista. Os conflitos, as idas e vindas, os erros e todas as outras mancadas do caminho fazem parte do processo de vida. Ver a perfeição apenas naquilo que não se tem ou no que os outros têm é um tipo de comportamento que só gera insatisfação.

A sombra do consumo
Talvez ajude saber que a insegurança e as imperfeições atormentam muitas pessoas que admiramos. Lembro-me de uma entrevista que fiz com o jornalista e escritor Fernando Morais em que ele disse nunca ler seus livros depois de colocar o ponto final e entregar para a gráfica: O ideal seria não ter nunca que entregar o livro para o editor. Todo dia acordar e pentear, pentear, pentear... Já pensou? Por pouco não deixamos de ler Olga e Chatô.
Mas os artistas sabem que existe um limite, que a busca da perfeição não pode impedir a criação. Chega uma hora em que é preciso tomar coragem e colocar o bonde na rua. É o que faz a cantora Fernanda Takai, perfeccionista convicta que diz estar aprendendo a viver com as imperfeições. Em tudo que me envolvo quero fazer bem, pois tem minha cara, minha assinatura. Mas, no meu caso, essa auto-exigência é positiva, porque acho que tenho evoluído como artista, diz.
E também é bom não subestimar o peso dos valores herdados. Desde pequenos fomos ensinados pela publicidade da TV, das revistas e dos outdoors a ser consumidores e, conseqüentemente, a buscar satisfação total. O problema é que a realização dos desejos é sempre projetada no futuro, no que está um pouco mais além. E aí, quando nossos desejos são atendidos, perdem automaticamente o fascínio e a capacidade de nos satisfazer. E são substituídos por outros.
Como bons consumidores, também medimos nossos relacionamentos pela satisfação. O sociólogo inglês Anthony Giddens deu até nome para esse novo tipo de relação amor confluente que substituiu a velha idéia romântica do amor exclusivo até que a morte nos separe. As relações de amor confluente duram apenas até quando e nem um dia a mais dura a satisfação de cada um dos envolvidos.
Enquanto Giddens vê essa mudança das relações como libertadora, Zygmunt Bauman acredita que, hoje, os relacionamentos são considerados como coisas a serem consumidas e não produzidas e, desse jeito, ficam submetidos aos mesmos critérios de avaliação de outros objetos de consumo. No livro The Individualized Society (A sociedade individualizada, sem edição brasileira), Bauman adverte que se o parceiro é visto pela ótica do consumo, não é mais necessário para o casal fazer funcionar o relacionamento, garantir que ele sobreviva aos altos e baixos, fazer sacrifícios para que a união dure. Basta procurar um relacionamento novo e melhor no mercado quando o velho não der mais a satisfação esperada e o prazer prometido.

Imagem e verdade
Roberto e Mariana Vieira, do nos de uma pequena fábrica de confecções em Santa Catarina, sempre acharam que num casamento perfeito não cabiam conflitos nem desentendimentos e, por isso, durante 15 anos viveram como um casal modelo. Os amigos acreditavam que eram almas gêmeas e sonhavam com um relacionamento igual. Dois anos atrás, o casamento entrou em crise. Roberto e Mariana perceberam que muitas dificuldades não foram enfrentadas para preservar a fachada de casal sem problemas que eles mesmos ajudaram a construir. E um casamento pode se sustentar sem o imperativo do relacionamento perfeito? Descobrimos que podíamos e deveríamos brigar, expor nossos sentimentos e opiniões, como todas as outras pessoas. E ainda assim continuar juntos, diz Mariana.
Por isso, antes de sair porta afora mais uma vez, talvez seja bom refletir: se você está sempre à procura da pessoa certa, se termina um relacionamento atrás do outro e ainda sonha com a mais perfeita das criaturas, é melhor se perguntar o que anda acontecendo. Com você. Com seu jeito de estar nas relações. O psicólogo Dalmo Silveira de Souza lembra que, antes de tudo, é preciso desenvolver o autoconhecimento: Não criar falsas expectativas sobre o que o outro pode dar e sim se responsabilizar por seu jeito de ser. Quando desenvolvo consciência do meu padrão de funcionamento, posso deixar de procurar ou depositar no outro o que é meu.

Perfeição de massa
Ver o mundo através das lentes do consumo nos faz exigir sempre o melhor, não importa se de um produto, de um relacionamento, de um emprego ou das pessoas que amamos. E, como o feitiço também vira contra o feiticeiro, de nós não exigimos menos que a excelência. A coisa é tão séria que virou fobia. Quem sofre de atelofobia tem medo da imperfeição. E também tem ansiedade crônica. Porque é difícil viver em uma sociedade onde o sofrimento, a tristeza, os defeitos e as fraquezas não são mais tolerados.
A indústria oferece soluções para qualquer tipo de problema e para todos os tipos de bolso: receitas para o sucesso nas prateleiras das livrarias; pílulas da felicidade na farmácia da esquina; o corpo dos sonhos em troca de cheques a perder de vista. Bem-vindos. Esses são os tempos da perfeição de massa, onde os defeitos são vistos como erros da natureza que podem ser corrigidos, deletados, deixados pa ra trás. Dentes desalinhados e pés chatos, olhar estrábico e orelhas de abano, escoliose e miopia, verrugas salientes e septos desviados são coisas do passado.
O corpo deixa de ser determinado e passa a ser inventado. Um corpo fabricado pelas nossas escolhas. Livre do sofrimento e do tempo. É o que sustenta o escritor francês Hervé Juvin no livro LAvènement du Corps (O triunfo do corpo, sem edição brasileira). Impotência, esterilidade, envelhecimento, desânimo, menopausa: tudo pode ser reparado. Músculos, cabelos, lábios e seios: tudo pode ser melhorado. O escritor vai além. Defende que, pela primeira vez, estamos diante de uma humanidade realmente dividida. Pelo corpo. Dentes quebrados ou cariados, corpos envelhecidos, mancos ou mutilados, rugas e cicatrizes separam os mundos mais que o dinheiro, escreve.
Mas, mesmo para aqueles que não podem fabricar o próprio corpo, a beleza não deixa de ser importante. Nas seis vezes em que participou de missões humanitárias na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, o cirurgião plástico e professor da Universidade Federal de Santa Catarina Zulmar Accioli de Vasconcellos lidou com preocupações estéticas em meio à guerra. Nas cirurgias reparadoras que fez, a maioria em crianças e adolescentes com algum tipo de paralisia causada por tiros, encontrou pacientes com o desejo de recuperar os movimentos e, também, de voltar a ser aceitos socialmente.
E não adianta perguntar ao doutor Zulmar qual cirurgia é a mais importante, a mais justificável: o transplante de um polegar na mão de um menino palestino ou o implante de silicone em uma mulher de 22 anos. O sentimento do paciente com seu problema é um só. Seu sentimento é que é o mais importante. Porque, se antes o menino escondia a mão para não mostrar a falta do dedo, a moça também arqueava os ombros pra esconder a falta de peito.

Aceite suas falhas
Corremos o risco de deixar de ser aquilo que somos para nos transformarmos em um corpo sem marcas, sem história, sem humores. Em mera imagem. Se não é bem essa sua intenção, experimente olhar o mundo através de lentes não viciadas em cânones ou padrões. Lentes que permitam enxergar tudo de forma sistêmica, onde não existe certo e errado nem perfeito e imperfeito. Se tudo depende do contexto e do observador, pare e olhe para você. Mas olhe profundamente. Lembre o que disse uma vez Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço: Quem olha para fora sonha. Quem olha para dentro desperta.
Sonhar a gente já sonha, e faz muito bem. Mas devemos despertar para um novo jeito de ver e estar no mundo, um jeito intrinsecamente ligado ao nosso ser. Para isso, é preciso deslocar o foco de atenção da aparência para a essência. Ao procurar seu traço fundamental, a soma de características que faz você ser o que é, certamente vai encontrar muitas coisas de que gosta e tantas outras de que não gosta. Mas é bom aceitar suas falhas com a mesma graça e humildade com que você aceita suas melhores qualidades, como pede a escritora e jornalista francesa Véronique Vienne em A Arte de Viver Bem com as Imperfeições, um livro que ajuda a ver consolo em nossos defeitos e humor em nossos erros.
Porque pode ser nos defeitos que você insiste em esconder que se expresse sua personalidade. A imperfeição rejeitada pode ser sua marca registrada, aquela que faz com que você seja reconhecido e lembrado. Anular as imperfeições é como matar as diferenças. É como subscrever um abaixo-assinado contra o estilo, a atitude, a essência. Contra toda e qualquer idéia independente sobre beleza.
Lembre-se de que a essência só se fará presente quando encontrar a espontaneidade de um corpo livre de travas e amarras. De que adiantam dentes artificialmente brancos numa boca que não ri? Ponha uma flor nos seus cabelos crespos, enfeite sua miopia com óculos coloridos. Use sua preguiça como antídoto contra o estresse que paira no escritório, sua rigidez para superar um momento difícil e sua gargalhada estridente para quebrar o gelo. Aprenda que mesmo aquele que você considera seu pior defeito, em muitos momentos, pode ser funcional. E pense que talvez as pessoas mais fascinantes sejam aquelas capazes de ser e permanecer naturais.

LIVROS
Desejo de Status, Alain de Botton, Rocco
The Individualized Society, Zygmunt Bauman, Polity PressLAvènement du Corps, Hervé Juvin, GallimardA Arte de Viver Bem com as Imperfeições, Véronique Vienne, PublifolhaHistória da Beleza, Umberto Eco, Record

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Iuuuuuupiiiiii!!!

A VIDA ESTÁ BOA? VOCÊ ESTÁ COM VONTADE DE SAIR PULANDO FEITO UM POTRINHO NO CAMPO? ENTÃO SUA CRIANÇA INTERIOR ESTÁ NO AUGE DA FELICIDADE. MAS, SE NÃO ESTIVER, TEM JEITO DE DESPERTÁ-LA, MESMO SEM PRECISAR EMPINAR PIPA, TOMAR SORVETE OU PUXAR O CAVANHAQUE DO CHEFE
texto Liane Alves fotos Eduardo Delfim


Se um marciano recém-chegado à Terra perguntasse a você o que é felicidade, que cena você escolheria para mostrar esse sentimento em seu mais puro estado? Um casal se unindo numa igreja? Um jovem recebendo seu diploma? Uma mãe amparando seu bebê pela primeira vez? Todas essas imagens expressam diferentes formas de realização, mas eu preferiria levá-lo para a beira de um rio para ver crianças brincando de pular na água, naquele tchibum sem igual na vida, correndo pela pedra para tomar impulso e mergulhar de pé com as pernas balançando para tudo que é lado. Tem alegria maior, mais pura que essa? Só a de cenas comparáveis: a menina escorregando na grama a mil por hora na chapa improvisada de madeira, o garoto pegando jacaré... Todas versões da mesma coisa: inocência e frescor, brincadeira e leveza, corpo e emoção, curiosidade e criatividade, senso de aventura e liberdade. Se a gente reparar bem, ao nomear essas qualidades estaremos falando exatamente dos componentes básicos que garantem a felicidade. Não tem dinheiro no meio, tem? Também não tem segurança e estabilidade, tem? Esses momentos, ora veja, também não dependem nem de nada nem de ninguém. Muito menos de condições especiais, de pré-requisitos, ou de como a coisa deve ou não deve ser, essa mania de gente adulta. Porém, vamos ter de admitir: todo mundo sabe que não é mais criança. Temos outras necessidades, compromissos e responsabilidades. Criamos vínculos, travas, mordaças. Mas, hummm, será que não dá mesmo para conciliar as duas coisas? Será que não dá para buscar mais leveza e frescor, espontaneidade e alegria ou aventura e irreverência em nossas vidas? O mais legal dessa história é que dá, sim. Você, como eu, também torcia o nariz quando ouvia falar da criança interior? E de como era importante expressá-la no dia-a-dia? Irônica, cheguei até a imaginar a cena: as crianças interiores do adultos saindo para fora das pessoas com estilingue no bolso ou com o coelho da Mônica pela mão, prontas para atingir o primeiro desavisado que aparecesse. Por isso, quando alguém vinha com essa conversa, assobiava, olhava para os lados e saltava fora. Até que um dia resolvi me aprofundar no assunto.

O criador da psicologia analítica, o suiço Carl Gustav Jung, por exemplo, passou um bom tempo de sua vida a estudar o tema. Um de seus mais brilhantes discípulos, James Hillman, também. Isso queria dizer que essa história de criança interna não era só coisa de livro de auto-ajuda. Reconheci: estava mais que na hora de saber como o contato com meu lado criança poderia ajudar a me dar mais vigor e alegria na vida.

Sob o quentinho do sol
Existem várias maneiras de contatar sua criança interna, e uma das melhores é a mais direta. Isto é, sempre que tiver chance, torne-se uma criança, desperte em você mesmo o menino ou menina que já foi um dia. Um grande mestre nos ensina como fazer isso: “Se estiver na praia, comece a catar conchinhas ou a fazer desenhos na areia; se estiver no jardim, brinque com o cachorro, observe com atenção formigas, passarinhos e borboletas. Sempre que puder estar com crianças de verdade, misture-se a elas e deixe de ser adulto. Deite-se no gramado, como uma criança pequena aproveitando o quentinho do sol. Corra pelado, como a meninada faria. No banheiro, em frente ao espelho, faça careta, ou, quando estiver na banheira, jogue água para cima, brinque com patos de plásticos ou barquinhos. As possibilidades são infinitas. O mais importante é esquecer-se da sua idade”. Essas palavras são do mestre indiano Osho. Ele nos ensinou a nos tornarmos crianças como um tipo especial e muito importante de meditação. E explica por que ela nos faz bem: “Tudo isso é necessário para conectá-lo outra vez com sua infância. Você tem que regredir, chegar ao fundo das memórias, porque as coisas só podem ser mudadas se atingirmos suas raízes”. É isso: quando entramos em contato com a criança que já fomos, acessamos a energia e a criatividade do mundo infantil e somos rejuvenescidos pelo influxo dessa nova seiva. A gente se sente renovado, disposto. É por esse motivo que, quando estamos relaxados e felizes, inconscientemente já fazemos isso. As férias, por exemplo, favorecem o aparecimento de várias crianças interiores. Flagrei algumas com seus 40 e poucos anos empinando pipa na praia, jogando peladas na areia, disputando campeonatos de pebolim no bar ou tomando sorvete com cobertura de pastilhas de chocolate coloridas, jujuba, damasco e cereja, tudo ao mesmo tempo. Ok, essa é uma das maneiras de arejar essa criança presa dentro do armário do peito e convidá-la para passear. Mas será a única?

Garotos são de lascar
Você era uma criança levada? Mandona? O dono da bola ou o que escolhia o pessoal na hora de jogar queimada? Ou era aquela criaturinha tímida e sensível com o cobertorzinho na mão e o último a ser escolhido na hora do jogo de vôlei? Morro de vergonha de dizer que era do segundo time, o das crianças quietinhas. Daquelas que costumam ser passadas para trás pelas mais espertas, sabe? Então, uma das questões cruciais que tinha para a psicoterapeuta junguiana Sônia Belotti era exatamente essa: a criança interior com que tenho de entrar em contato é aquela menina que sempre preferiu seu mundo interno e as paisagens da natureza? São as crianças que já fomos na vida?

O primeiro passo é aceitar a criança que já fomos um dia, do jeitinho que ela era
A resposta esconde uma sutileza. “A criança interior é aquela que imaginamos ter sido um dia. Talvez nem seja realmente a criança que realmente fomos, segundo nossos pais ou amigos, por exemplo, mas sim aquela que ficou registrada em nossa psique, com suas vivências e emoções. Ela é inteiramente subjetiva”, diz Sônia Belotti. Bom, agora que já sabemos quem ela é, como vamos acessála em nossa memória? A terapeuta diz que uma boa maneira é verificar atentamente nossas fotografias de infância. Olhares e expressões nos dizem muito de quem a gente foi, mais até que nossas recordações, que às vezes traem o que verdadeiramente nos aconteceu. Sônia me aconselhou também a fazer uma meditação usando visualização: imaginar a garota que fui, no meu quarto, ou envolvida com minha brincadeira favorita. Quando essas imagens estivessem nítidas em minha mente, ela me disse para olhar para essa criança em seus olhos e abraçá-la, totalmente disposta a aceitá-la de coração tal como ela é. É um exercício que em psicanálise se chama de imaginação ativa. Com uma certa resistência, fui fazer a experiência da tal visualização. Emocionei-me bastante, percebi o quanto gostava dessa menina de pijaminha de flanela que eu tinha sido.

Lembrar-se de si mesmo quando criança ajuda a contatar uma fonte inesgotável de energia
Também vi o quanto ela precisava do meu abraço, do meu aconchego. Saí da meditação com um sentimento muito bom no coração. Outra prática proposta por Sônia para travar contato com a criança interior é deixar um retrato de infância no criado-mudo por uns tempos. E, sempre que possível, perguntar mentalmente a essa criança, antes de dormir, o que ela mais deseja na vida. A resposta, diz a especialista, pode vir em sonhos, insights (revelações instantâneas), numa coisa que você vai ler ou alguém vai lhe dizer. Seu inconsciente, que está em contato com seu ser mais essencial, vai responder. E, com base nessa resposta, suas próximas metas podem estar mais alinhadas esse seu eu mais profundo. Investir em seus próprios sonhos (mesmo com adaptações) garante a ativação de algumas das qualidades que mais trazem felicidade à alma humana: coragem, alegria, abertura, sentido de aventura. Essa me parece uma maneira inteligente de entrar em contato com a menina ou menino que um dia fomos. Tanto quanto tomar sorvete ou jogar pingue-pongue.

Jung e os bloquinhos
Agora que já sabemos entrar em contato com a criança interna, temos de saber para que serve isso, afinal. E ninguém melhor que o psicanalista suiço Carl Gustav Jung para responder. Jung fez uma fantástica descoberta: percebeu que, ao repetir sua brincadeira favorita de infância, que era construir casinhas com blocos de madeira, pedras e areia, acionava uma enorme fonte de energia e criatividade interna. Enquanto se divertia em montar cidades usando as pecinhas de madeira, idéias brotavam aos borbotões em sua mente. Foi com base nesse expediente que ele elaborou temas importantes dentro de seu sistema de pensamento, como a teoria dos arquétipos, do inconsciente coletivo e outros temas essenciais de seu trabalho. Para completar, escreveu uma tese onde explica a enorme importância de acessar o mundo interno infantil e “regredir” voluntariamente como uma maneira de acessar uma fonte insuspeitada de vitalidade, intuição e abertura. Seu discípulo James Hillman também dá força a essa idéia da brincadeira: “O que a psicologia profunda passou a denominar regressão é apenas o retorno à criança interna”, disse ele. É um processo de interiorização na busca de energia criativa, inovadora, que nos possibilita ampliar e desenvolver nossa jornada na busca de um sentimento de totalidade e plenitude. Por isso é que, depois de jogar pelada, furar onda ou andar de bicicleta, não há marmanjo que chegue em casa sem aquele sorrisão no rosto. Mesmo fisicamente exaustos, a vida nos parece tão boa e generosa que nos dá muita vontade de realizar coisas, amar as pessoas e ser feliz. Realizar sonhos é outra maneira insuspeitada de expressar o que pede sua alma infantil

A criança ferida
A maioria das pessoas continua tendo contato com sua criança interior mesmo adulta, por meio de hábitos, desejos e condutas infantis. E essa criança interior que habita a alma de cada um pode vir à tona de várias formas, tanto positivas quanto negativas. Ela pode ser alegre, divertida, viva, quando expressa o arquétipo em seu lado positivo, ou melancólica, mal-humorada, teimosa ou birrenta, quando se mostra em seu lado negativo. Nesse último caso, essa exteriorização quase sempre vai revelar uma criança ferida e até hoje magoada. “O primeiro lugar em que vamos encontrar essa criança abandonada é nos sonhos, em que nós mesmos, um filho nosso ou uma criança desconhecida é negligenciada, esquecida, deixada para trás”, diz James Hillman. Acalentar, cuidar e dar segurança a essa criança ferida, seja com visualizações, seja com terapia, pode ser um passo muito importante para sua cura, segundo os parâmetros da psicologia analítica. E Jung dizia mais ainda. Ele afirmava que toda vez que temos vontade de expressar os aspectos positivos da criança interna estamos dando claros sinais de que podemos estar a um passo de um grande evento: a obtenção da totalidade psíquica ou, em outras palavras, de atingir aquele estado de plenitude, alegria e felicidade tão bem representado pela criança quando tem todas as suas necessidade atendidas. Lembra a linda imagem usada pela compositora Dolores Duran que fala “da paz de criança dormindo”, na canção Para Enfeitar a Noite do meu Bem? O mestre da psicanálise diria que ela retrata com poesia e precisão o arquétipo da Criança Divina, que é a expressão maior e mais profunda da criança interior. É como se fosse a dimensão mais pura de nós mesmos, que pode ser atingida em alguns raros momentos durante a vida, quando temos a maravilhosa sensação de estar plenos, felizes e absolutamente integrados ao universo. Você tinha idéia do quanto é importante travar contato com sua criança? Eu não.

Os egoistinhas
E aqueles adultos-crianças que não amadurecem nunca, chatinhos, mimados, egoístas e teimosos? Bom, eles estão em contato com o aspecto negativo de sua criança interior e tão identificados com ele que não conseguem amadurecer. É muito diferente de um adulto maduro que trava contato com seus aspectos infantis (tanto positivos quanto negativos, pois a tentativa é justamente conhecer-se melhor). Um é uma criança grande que não alcançou a saudável contrapartida da maturidade. O outro, um ser maduro que tem a sabedoria de não asfixiar a criança que já foi um dia. Existe ainda outra classificação interessante. Adultos e crianças podem ser extrovertidos e introvertidos, segundo as concepções junguiana e freudiana. Sonhos de crianças/adultos introvertidos, que extraem mais prazer de seu centro interno, trazem características mais autocentradas: viajar sozinho de moto pelo deserto de Atacama, ter um refúgio de madeira à beira de um lago ou construir um veleiro com as próprias mãos. O contrário também vale: os extrovertidos, que extraem mais prazer com o que está fora, podem sonhar em ir com os amigos para a África do Sul na próxima Copa do Mundo, querer organizar um mutirão de Natal para ajudar crianças carentes ou dar uma festa de arromba para comemorar seus 50 anos. O ideal, porém, é que, temperados pela sabedoria da maturidade, o adulto amplie um pouco mais seu centro de prazer infantil, ou incluindo alguém, no caso dos introvertidos, ou excluindo o excesso de pessoas ou a atividade exagerada, quando se fala de extrovertidos. “A maturidade e o autoconhecimento podem trazer mais equilíbrio à criança interna”, diz Sônia. Os sonhos ficam mais ricos se compartilhados em mais justa medida e podem render mais satisfação. Então, tá combinado: toda vez que você apostar em realizar um sonho (mesmo os atuais), tiver certeza de que o futuro vai ser benéfico e se sentir radiante e feliz, já vai saber que estará expressando sua criança interior. Também vai lembrar que as brincadeiras de infância e os exercícios de imaginação ativa, as ocasiões em que você se imagina quando pequeno, podem acessar um manancial imenso de criatividade e energia. Isso só para começar o jogo, porque tem muito mais coisas interessantes a respeito desse assunto, se a gente quiser se aprofundar. Da próxima vez que passar por uma seção de livros que falem da criança interior, juro que dou mais uma olhadinha e conto.

Nossa Criança Interior _ Revista Vida Simples

terça-feira, 22 de abril de 2008

50 Clássicos

50 livros inspiradores para transformar sua vida

Parte I: Seguindo o seu sonho

1. Como fazer amigos e influenciar pessoas Dale Carnegie:
Esforce-se sinceramente para ver o mundo como a outra pessoa o vê. A simpatia despertada significa que tudo o que você tem a dizer será realmente ouvido.2. As sete leis espirituais do sucessoDeepak Chopra:
Existe uma forma mais fácil de obter o que se quer da vida, e ela envolve a sintonia com a natureza e o universo.

3. O alquimistaPaulo Coelho:
Desistimos muito facilmente de nossos sonhos, apesar de o universo estar sempre pronto para nos ajudar a realizá-los.

4. Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazesStephen Covey:
A verdadeira eficácia vem da clareza (de princípios, de valores e de visão). A mudança só é real quando se torna um hábito.
5. AutobiografiaBenjamin Franklin:
O constante auto-aperfeiçoamento e o gosto pelo aprendizado são bilhetes de ingresso para um grande sucesso.
6. Visualização criativaShakti Gawain:
A vida tende a corresponder aos pensamentos e imagens, bons ou maus, que fazemos dela. Por que não imaginar seu futuro do jeito que você o quer?
7. Tenha medo... e siga em frente – Susan Jeffers:
A presença do medo é um indicador de que você está crescendo e aceitando os desafios da vida.
8. PsicocibernéticaMaxwell Maltz:
Seu corpo/cérebro é um sistema completo de realização de objetivos. Use-o.
9. Desperte o gigante interiorAnthony Robbins:
É tempo de aproveitar o dia e viver a vida que você sempre imaginou. Esse é o seu mecanismo de partida.

Parte II: Segredos da Felicidade

10. Descobrindo a sua estrela-guiaMartha Beck:
Um livro para quem tem a sensação de que sua vida tomou o rumo errado.
11. A psicologia da felicidade – Mihaly Csikszentmihalyi
Fazer aquilo de que se gosta não é irrelevante, é o caminho para uma personalidade mais complexa e uma vida com mais significado e felicidade.
12. A arte da felicidade: um manual para a vidaDalai-Lama e Howard C. Cutler
A conquista da felicidade não deve depender dos acontecimentos. Por meio de exercícios mentais, podemos quase sempre criar a capacidade de ser felizes.
13. Dhammapada – Os ensinamentos de BudaApure a aprimore a qualidade de seus pensamentos e pouco você terá a temer no mundo.
14. A verdadeira magiaWayne Dyer
Quando você está em sintonia com seu “eu superior” e seu propósito de vida, os milagres acontecem.15. Homens são de Marte, mulheres são de VênusJohn Gray
Para podermos respeitar a individualidade do outro, temos de levar em conta as diferenças comportamentais entre os sexos.
16. O princípio 80/20Richard Koch
Identificando aquilo em que você é bom e praticando-o com afinco, o sucesso virá naturalmente.
17. Estratégias de vida: fazendo o que importa, fazendo o que dá certoPhilip C. McGraw
Seja realista a respeito de si próprio e inteligente a respeito do mundo. Ninguém pode fazê-lo por você.
18. Um retorno ao amorMarianne Williamson
Os milagres começam a acontecer quando decidimos depender totalmente de Deus e amar a nós mesmos.

Parte III: O poder do pensamento

19. O homem é aquilo que ele pensaJames Allen
Nós não atraímos o que queremos, mas o que somos. Somente mudando nossos pensamentos mudaremos nossas vidas.
20. PNL – Programação neurolingüistica: a nova tecnologia do sucessoSteve Andreas e Charles Faulkner“As pessoas funcionam perfeitamente”.
Programe-se para ter novos pensamentos, ações e sentimentos e você terá uma nova vida.
21. Feeling Good: The New Mood Therapy [Sentir-se bem: a nova terapia do estado de espírito]David. D. Burns
Sentimentos não são fatos. Questione-se sempre se suas emoções refletem a realidade com precisão
22. Inteligência emocionalDaniel Goleman
Toda pessoa verdadeiramente bem–sucedida há de ter adquirido o autodomínio emocional.
23. Você pode curar sua vidaLouise Hay
Você só começará a mudar sua vida quando aprender a se amar de verdade.
24. Mindfulness: Choice and Control in Everyday Life [Atenção: escolha e controle na vida cotidiana] - Ellen J. Langer
Os hábitos mentais embotam a vida. Recuperando o controle sobre o pensamento, você pode desfrutar uma nova experiência de vida.

25. O poder do subconscienteJoseph Murphy
Entendendo o funcionamento do subconsciente, pode-se aprender a transformar os sonhos em realidade.
26. O poder do pensamento positivoNorman Vincent Peale
Tendo fé, você pode realizar qualquer coisa.

27. O jogo da vida e como jogá-loFlorence Scovell Shinn
Quando pensamos na vida como um jogo, nos motivamos a aprender e a aplicar as regras da nossa felicidade.
28. Aprenda a ser otimistaMartin Seligman
Cultivar um estado de espírito otimista aumenta significativamente suas chances de obter saúde, riqueza e felicidade.
Parte IV: Buscando o sentido da vida

29. Meditações (século II)Marco Aurélio
Não se deixe levar por ninharias e trivialidades. Valorize sua vida vendo-a num contexto mais amplo.

30. A consolação da filosofiaBoécio
Independentemente do que lhe aconteça, tenha sempre em mente a liberdade.
31. Como Proust pode mudar sua vidaAlain de Botton
Valorize a rica experiência da vida, independentemente das circunstâncias. Expectativas modestas contribuem para surpresas agradáveis.
32. Transições: entendendo as mudanças da vida – William Bridges
Todas as transições da vida têm um padrão que, uma vez reconhecido, tornará os tempos difíceis mais compreensíveis.

33. Não faça tempestade em um copo d’águaRichard Carlson
Ponha seus pequenos problemas em perspectivas. Dessa forma, você desfrutará mais as outras pessoas e a vida em geral.
34. Em busca do sentido: um psicólogo no campo de concentração - Viktor Frankl
O sentido da vida é aquele que você decide lhe dar.

35. Tao Te Ching (séculos V-III a.C.)Lao Tse
Torne a vida mais fácil e eficaz sintonizando-se com o “fluxo” natural do universo.
Parte V: Alma e mistério

36. João de FerroRobert Bly
Por meio de antigas histórias, podemos ressuscitar o poder ancestral e profundo da masculinidade.
37. O poder do mito – Joseph Campbell com Bill Moyers
Faça sempre o que mais ama e valoriza na vida como uma jornada maravilhosa.
38. Mulheres que correm com os lobosClarissa Pinkola Estés
Entrar novamente em contato com a sua natureza selvagem não é uma pretensão louca, mas algo vital para a sua saúde física e mental.
39. O código do ser: uma busca do caráter e da vocação pessoalJames Hillman
“Vocação” não é privilégio de freiras e enfermeiras. Todos nós trazemos no coração a imagem da pessoa que podemos ser e da vida que podemos viver.
40. Cuide de sua alma – Thomas Moore
Preencha o vazio interior vivendo com emoção. Deixe sua individualidade se expressar aceitando suas idiossincrasias e seu lado sombrio.
41. O herói interior: seis arquétipos que orientam a nossa vida – Carol S. Pearson
Tendemos a pensar e agir de acordo com padrões ou “arquétipos”. Conscientize-se de seu poder e use-os em seu benefício.
42. A trilha menos percorridaM. Scott Peck
Quando você admitir que “a vida é difícil”, este fato já não terá grandes conseqüências. Uma vez que aceite a responsabilidade, poderá fazer melhores escolhas.
43. Walden ou A vida nos bosquesHenry David Thoreau
Assegure-se de ter tempo em sua vida para apenas pensar.

Parte VI: Fazendo a diferença

44. Bhagavad-Gita
Busque a pás dentro de si mesmo, faça o trabalho que lhe cabe e admire os mistérios do universo.

45. Bíblia
Amor, fé, esperança, a glória de Deus, a capacidade de aperfeiçoamento do homem.

46. Self-Reliance [Autoconfiança] – Ralph Waldo Emerson
Quaisquer que sejam as pressões, seja você mesmo.

47. Motivation and Personality [Motivação e personalidade]Abraham Maslow
Saúde mental plena não é ausência de neuroses, mas a realização do nosso potencial.

48. Quem é John Galt?Ayn Rand
Forje o seu próprio destino, crie algo de valor, permita-se uma forma mais elevada de humanidade ousando pensar.

49. Self-Help [Auto-ajuda]Samuel Smiles
A história está cheia de pessoas que realizaram grandes coisas por meio da vontade e da persistência.
50. O fenômeno humanoPierre Teilhard de Chardin
Valorizando e expressando a sua singularidade você propicia a evolução do mundo.

Revistas

Pessoal,

posto aqui um link muito interessante para download de revistas.

http://my.opera.com/quihu/blog/revistas/

Abraços,
Suzana

sexta-feira, 18 de abril de 2008

O Princípio do Equilíbrio

Desrespeite-o e você sofre

Você já deve ter ouvido falar de pessoas que têm problemas com excesso de trabalho. Ou daqueles que têm problemas familiares ou de relacionamento. Talvez seja você mesmo que no momento esteja com alguma dificuldade relacionada ao corpo, à namorada ou namorado, ao cônjuge, à escola, ao trabalho.

Pode ser que também já tenha visto casas ou quartos mal cuidados. Ou carros. Ou ainda pessoas com aparência desleixada e maltratada.

Boa parte desses problemas tem sua origem na não-observação de um princípio universal: o Equilíbrio. É princípio porque é uma lei, uma diretriz que regula e orienta comportamentos e decisões. É universal porque se aplica a tudo.

O Princípio do Equilíbrio afirma que, onde quer que várias partes formem um todo (um sistema), devemos prestar atenção e nos dedicar a cada parte, sob pena de que tanto as partes não atendidas quanto o todo sofram ou tenham problemas por isso. Por exemplo, se você estuda e tem 7 disciplinas e não se dedica devidamente a todas, isto irá afetar as disciplinas negligenciadas e todo o curso que está fazendo. Se você tem 2 filhos e dá mais atenção a um, o outro sofrerá por isso, seja no futuro próximo ou no longo prazo, e a família pode ser afetada pelo problema.
Ainda na família, há interesses que são de seus membros e outros da família em si. A tentativa de fazer prevalecer interesses individuais em detrimento dos familiares pode provocar desavenças e brigas. Se somente o interesse familiar predominar, os membros podem ser prejudicados. Entre marido e mulher, requerem equilíbrio fatores variados, como a distância (nem próximos nem distantes demais) e a possessividade.

Como ser humano, você tem corpo, mente e espírito. Se você se dedicar muito ao corpo e ao espírito, esquecendo a mente, será forte, integrado e irá se dedicar a outras pessoas, mas com poucos conhecimentos e outros recursos racionais. Sua nutrição requer alimentos, ar e prazer (fique sem para ver). A alimentação por si requer variação para ser equilibrada.
Mesmo o desenvolvimento do corpo requer equilíbrio. Se você for para a academia e fizer peso para um só braço, ou desenvolver mais a parte muscular em detrimento da aeróbica, pode imaginar o que vai acontecer.

No nível mental, uma pessoa pode se desequilibrar dedicando mais atenção ao passado, às lembranças, e esquecer os planos. Pode ficar sonhando com futuros ou preocupando-se, e esquecer sua experiência. Ou pode ainda planejar e lembrar-se, esquecendo-se de estar no presente e usufruir das coisas boas que conquistou. E as pessoas que parecem que tomam decisões baseadas somente em emoçôes? Ou aquelas que parecem que são lógica pura? Tem também aquelas que só agem por necessidade, quando é preciso, enquanto que outras sabem temperar devidamente o "tenho que" com o "quero".

O desequilíbrio, como você pode ver, pode ocorrer em todos os níveis, do mais genérico ao mais específico, e portanto é crítico que saibamos lidar com eles, o que não é necessariamente complicado.

Observando o Princípio do Equilíbrio

Como se faz para observar o Princípio do Equilíbrio? A base disso é simples: identificar as áreas de sua vida, verificar quais estão equilibradas e quais estão desequilibradas, para estas definindo objetivos e ações. Se forem várias, cabe também uma priorização: mais importantes primeiro.
No nível pessoal, isto pode incluir uma atividade física, um curso ou treinamento de vez em quando e 10 minutos de meditação, por exemplo. No nível de relacionamento em geral, pode significar cuidar melhor de alguém ou tomar a iniciativa de fazer um contato. Na área familiar, pode ser uma simples decisão de estar com alguém por alguns minutos. As ações que mantém o equilíbrio podem ser muito simples. Alguns contextos, como o de tomada de decisão, podem requerer auto-conhecimento e auto-exploração, antes da elaboração (e devida prática) de alternativas.

O equilíbrio muitas vezes resulta do cultivo e prática de certos valores, como coooperação, perdão e até hábitos perceptivos. Na etiqueta chinesa, conforme me foi apresentada, há uma tradição de cada um manter a xícara do outro cheia de chá. Isto faz com que as pessoas, além de praticar o cuidar, também treinem o hábito de olhar de vez em quando para o ambiente e para o outro, ao invés de manter a atenção exclusivamente em si: "Ai, que fome!"
Você já deve ter notado que o Princípio do Equilíbrio abrange múltiplas dimensões da nossa existência, e portanto não pode ser ignorado. Ignore-o e alguém vai acabar sofrendo, seja você ou alguém próximo a você. Deve ser por isso que recebemos um ensinamento que tem o equilíbrio como eixo: "Amai ao próximo como a ti mesmo".

Contextos de aplicação

A seguir, uma lista de sistemas e situações em que você pode aplicar o Princípio do Equilíbrio, incluindo as já mencionadas.

Pessoal
- Corpo, mente, espírito
- Aparência e conteúdo
- Físico, racional e emocional
- Cabeça, tronco, membros
- Passado (lembranças), presente (sensações, emoções) e futuro (planos)
- Nutrição (alimentos, ar, prazer)
- Alimentação (proteínas, carboidratos, etc.)
- Avaliação de qualidades e defeitos

Escola
- Dedicação às disciplinas (aluno ou professor)
- Participação em grupos de trabalho

Familiar
- Pais em relação a cada filho
- Trabalho, família, si mesmo
- Marido, esposa e filhos
- Dedicação à casa e ao prédio ou condomínio

Trabalho
- Liderança: Pessoas, Objetivos, Recursos
- Produção, capacitação, descanso
- Reuniões: oportunidades de fala; informação, deliberação e decisão
- Relacionamento com chefes, colegas e outras pessoas
- Necessidades pessoais e do trabalho

Social
- Cuidados pessoais, com os outros e com o ambiente
- Contribuição para o bairro, a cidade, o país

Outros
- Para um site, equilíbrio na dedicação ao design, à estrutura, ao conteúdo, à divulgação, interatividade e outros aspectos.
- Correio eletrônico e computador em geral: uso, atualização, manutenção (Ah, aquelas 300 mensagens na caixa de saída...)
- Veículos: uso, manutenção, prevenção
- Cozinha: tempero na dose certa!

Conclusão
Uma senhora foi visitar parentes com um recém-nascido. Ao entrar na casa, estavam os pais, o bebê e a filha mais velha, de 4 anos. A senhora cumprimentou os pais e, ignorando o bebê no colo da mãe, foi saudar a menina, para só então dedicar sua atenção ao bebê. Em uma situação de desequilíbrio "natural", em que todas as atenções se voltam para o novo, essa senhora foi capaz de preservar o equilíbrio em relação à menina, o que considero um comportamento de grande sabedoria.

E quem quer um pouco mais de sabedoria e seus benefícios deve ter, com certeza, como parte do seu cotidiano, a intenção da busca por aquele pouco mais de equilíbrio, em cada momento e em cada dimensão importante da vida.

Virgílio Vasconcelos Vilela

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Diferenças não são defeitos

Por Roberto Shinyashiki

Sendo cada ser humano único e diferenciado, só existe um modo de possibilitar a vivência a dois: o conhecimento e o respeito das diferenças de cada um, que precisam ser aceitas e ajeitadas pelo casal. Só assim a riqueza das diferenças do casal pode criar algo novo e especial na relação.Se duas pessoas são distintas, pensam de modos diferentes e atuam em estilos diversos, sua união pode oferecer mais alternativas e maiores possibilidades, já que a soma das experiências e características do casal é bem maior do que seria, caso eles fossem muito parecidos.

É comum os dois desejarem coisas diferentes, simultaneamente. Pode ser que um queira comprar novos móveis e o outro fazer uma viagem. Em vez de ficar dizendo um ao outro que o desejo dele é bobagem, é muito mais eficaz organizar o orçamento familiar, de forma a conseguir atender aos dois.

Não adianta querer convencer o outro de que a vontade dele é desnecessária e sem razão, porque isso vai acabar gerando insatisfação e produzirá focos de conflitos em outras áreas.

É fundamental termos claro, em nossas mentes, as coisas em que somos diferentes um do outro e o que é de real importância modificarmos, para que o relacionamento não apenas sobreviva, mas seja um crescer contínuo. É importante saber que o limite que cada um de nós tem hoje, tanto poderá ser mantido, como poderá evoluir e aumentar as possibilidades de aceitação e mudança. Isto será um passo à frente do ponto de equilíbrio, em busca do encontro com o amor.

Mas se você usa a fórmula de encontrar defeitos nas outras pessoas para livrar-se de situações embaraçosas, que você não quer enfrentar, pergunte-se como estará daqui a dez anos se continuar com esta conduta. Por acaso, para dissolver qualquer tipo de vínculo amoroso, você começa a colocar defeitos no parceiro ou então procura outra pessoa, fora da relação, para servir de “carona”? Caso você queira evitar intimidades e se esquivar de uma entrega à alguém, a solução mais fácil é encontrar defeitos. Isso porque, se o outro tem muitos defeitos, você se sente especial, com mais qualidades, e assim, está se valorizando à custa dos defeitos dele.

Não necessitamos destruir ninguém para sermos livres, valorizar-nos, ou para decidir se é bom ou ruim nos entregarmos inteiramente a alguém.

Geralmente a pessoa que põe defeito no outro guarda uma tristeza, lá do passado. Possivelmente, alguém a criticava muito quando criança. A maior parte dos nossos comportamentos são aprendidos, e muito do que se considera defeito, na verdade, é apenas diferença.

Quando duas pessoas estão empenhadas em manter uma relação saudável e gratificante, ambas fazem mudanças e concessões. Uma das coisas mais importantes, e lamentavelmente raras na relação, é perceber que o outro mudou. Os dois mudam e crescem juntos, ou a mudança e o crescimento apenas de um vai ameaçar muito o ponto de equilíbrio do outro. Portanto, é básico, na caminhada para o amor, que o casal programe seus passos o mais próximo possível um do outro.

Do livro "A Carícia Essencial", Editora Gente.www.shinyashiki.com.br

terça-feira, 25 de março de 2008

Pensamentos...

O primeiro passo para encontrar a solução de um problema é aceitar a aflição, aceitar o que quer que você esteja sentindo. Aceitar o medo, a dor, o caos, a confusão. Aceitar e compreender que, de alguma maneira, foi algo “em você” que acabou colocando você nessa situação. Isso é maturidade! Parar de responsabilizar aos outros e reconhecer que você caminhou, com suas próprias pernas, para dentro desse conflito. Se você for capaz de reconhecer isso, ao mesmo tempo perceberá que, com essas mesmas pernas, você poderá caminhar para um outro lugar. Pare de buscar no mundo externo as saídas que só podem ser encontradas através de um encontro profundo e transformador com o seu próprio Eu. Nós não somos vítimas. Sendo assim, não existem salvadores, a não ser aqueles que podem ser encontrados dentro de cada um de nós.



"O homem se torna autêntico quando aceita a solidão como o preço da sua própria liberdade. E se torna inautêntico quando interpreta a solidão como abandono, como uma espécie de desconsideração de Deus ou da vida em relação a ele. Desse modo não assume responsabilidade sobre as suas escolhas. Não aceita correr riscos para atingir seus objetivos, nem se sente responsável por sua existência, passando a buscar amparo e segurança nos outros. Com isso abre mão de sua própria existência, tornando-se um estranho para si mesmo, colocando-se a serviço dos outros e diluindo-se no impessoal. Permanece na vida sendo um coadjuvante em sua própria história. Você já pensou nisso?"

Lembre-se de que quanto mais se fala nos problemas, mais se perde energia e força. Procure resolvê-los, independentemente do tamanho, porque somente quem supera seus desafios se torna verdadeiramente dono de seu destino. Crescer não significa só aprender. É preciso que os conhecimentos transformem-se em atitudes. E muitas vezes isso não acontece porque não queremos abandonar velhos comportamento.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Quando me amei de verdade

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome...Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é...Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de... Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é... Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama... Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é... Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes.
Hoje descobri a... Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é...Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é... Saber viver!!!

terça-feira, 11 de março de 2008

By Vinícius de Moraes

Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos...

Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido... Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre...

Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nos e-mails trocados...

Podemos nos telefonar... conversar algumas bobagens. Aí os dias vão passar... meses... anos... até este contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo...

Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas? Diremos que eram nossos amigos. E... isso vai doer tanto!!! Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida!

A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente... Quando o nosso grupo estiver incompleto... nos reuniremos para um último adeus de um amigo. E entre lágrima nos abraçaremos...


Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado... E nos perderemos no tempo...

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores... mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!!!

Vinícius de Moraes

By Fernando Pessoa

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida…
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

Eu odeio

Eu Odeio…

[… como fala comigo,e como corta o cabelo.

Odeio como dirige meu carroe odeio seu demazelo.

Eu odeio suas enormes botas de combate

E como consegue ler minha mente

Eu odeio tanto isso em você

Que até me sinto doente.

Eu odeio como está sempre certo

E odeio quando você mente

Odeio quando me faz rir muito

Ainda mais quando me faz chorar…

Odeio quando não está por pertoe o fato de não me ligar.

Mas eu odeio principalmente

Não conseguir te odiar

Nem um pouco,

Nem mesmo por um segundo

Nem mesmo só por te odiar…]

SONETO 141 - SHAKESPEARE

In faith, I do not love thee with mine eyes,
For they in thee a thousand erros note,
But tis my heart that loves what they despise,
Who in despite of view pleased to dote.
Nor are mine eares with thy tongues tune delighted,
Nor tender feeling to base touches prone,
Nor taste, nor smell-desire to be invited
To any sensual feast with thee alone;
But my five wits, nor my five senses can
Dissuade my foolish heart from serving thee,
Who leaves unswayed the likeness of a man,
thy proud hearts slave and vassal wretch to be:
Only my plague, thus far I count my gain,
That she that makes me sin-awards me pain


Sendo sincero, eu não te amo com meus olhos,
Porque eles em ti notam milhares de erros,
Mas é meu coração que ama o que eles desprezam,
Que ao invés de ver se contenta em seu apaixonar.
Nem minhas orelhas com o som de sua língua que encanta,
Nem carinhoso sentimento é despertado por um simples toque,
nem gosto, nem um cheiro provocante surge
Em algum deleite sensual contigo sozinha;
Mas meus cinco juízos, nme meus cinco sentidos podem
Despersuadirem meu coração tolo de te servir,
Que deixa descontrolada a aparência de um homem,
Teu corações orgulhosos escravos e vassalos infelizes serão:
Só minha praga, portanto longe eu estimo minha vitória,
Que ela faça minha dor merecedora de pecado.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Promessas de Casamento

"Em maio de 98, escrevi um texto em que afirmava que achava bonito o ritual do casamento a igreja, com seus vestidos brancos e tapetes vermelhos, mas que a única coisa que me desagradava era o sermão do padre. "Promete ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-lhe e respeitando-lhe até que a morte os separe?" Acho simplista e um pouco fora da realidade. Dou aqui novas sugestões de sermões:

- Promete não deixar a paixão fazer de você uma pessoa controladora, e sim respeitar a individualidade do seu amado, lembrando sempre que ele não pertence a você e que está ao seu lado por livre e espontânea vontade?
- Promete saber ser amiga(o) e ser amante, sabendo exatamente quando devem entrar em cena uma e outra, sem que isso lhe transforme numa pessoa de dupla identidade ou numa pessoa menos romântica?
- Promete fazer da passagem dos anos uma via de amadurecimento e não uma via de cobranças por sonhos idealizados que não chegaram a se concretizar?
- Promete sentir prazer de estar com a pessoa que você escolheu e ser feliz ao lado dela pelo simples fato de ela ser a pessoa que melhor conhece você e portanto a mais bem preparada para lhe ajudar, assim como você a ela?
- Promete se deixar conhecer?
- Promete que seguirá sendo uma pessoa gentil, carinhosa e educada, que não usará a rotina como desculpa para sua falta de humor?
- Promete que fará sexo sem pudores, que fará filhos por amor e por vontade, e não porque é o que esperam de você, e que os educará para serem independentes e bem informados sobre a realidade que os aguarda?
- Promete que não falará mal da pessoa com quem casou só para arrancar risadas dos outros?
- Promete que a palavra liberdade seguirá tendo a mesma importância que sempre teve na sua vida, que você saberá responsabilizar-se por si mesmo sem ficar escravizado pelo outro e que saberá lidar com sua própria solidão, que casamento algum elimina?
- Promete que será tão você mesmo quanto era minutos antes de entrar na igreja?

Sendo assim, declaro-os muito mais que marido e mulher: declaro-os maduros."

Martha Medeiros